Poupança sinaliza recuperação pelo quarto mês consecutivo

No entanto, investimento acumula queda de poder aquisitivo há um ano e meio

Aumento dos juros tem ajudado a poupança

Enquanto a inflação oficial bateu 10,54% em doze meses, a rentabilidade da poupança descontado o IPCA no mesmo período retraiu 6%. Isso significa que o poupador teve perda de poder aquisitivo, fato que vem acontecendo sucessivamente mês a mês desde setembro de 2020. Essa sequência de 18 meses é a segunda maior da série histórica. A primeira foi entre fevereiro de 2015 e setembro de 2016 com 20 meses de perda. A informação fez parte de um levantamento da plataforma de informações financeiras Economatica, adquirida pela Traders Club no ano passado.

Serve de consolo aos investidores que nos últimos quatro meses a perda de poder aquisitivo anualizada da poupança tem ficado menor. Em outubro de 2021 o índice negativo era de 7,5%. “Observamos que a perda tem sido menor devido ao aumento da Selic. Em dezembro, por exemplo, a taxa básica chegou a 9,25%, impactando na rentabilidade da poupança, que passou a ser de 0,5% ao mês mais TR, em um cenário em que a inflação já seguia pressionada, porém, agora, com uma perda menor”, analisa Fernanda Mansano, economista-chefe da Traders Club.

Já o Ibovespa e o IHFA (Índice de fundos multimercados) são os únicos investimentos que registra rentabilidade positiva, descontada a inflação medida pelo IPCA, entre todos os listados até agora no ano. A rentabilidade do Ibovespa descontada a inflação no ano é de 6,2% seguido pelo índice de fundos multimercados com 0,9% acima do IPCA. A pior aplicação em 2022 até fevereiro é o Bitcoin com queda de poder aquisitivo de 17,2%, seguido pelo índice de BDR´s com retração de 17,2%.

No entanto, em doze meses todas as aplicações registraram perda de poder aquisitivo. O CDI é o menos afetado com retração de 4,4% seguido pelo IHFA, poupança e Ibovespa. O pior desempenho considerando a inflação do período em 12 meses é do Bitcoin com queda de 24,9%, seguido pelo Euro (-22,1%) e dólar (-15,9%). “Hoje o risco tem sido explicado mais pelo cenário internacional, em que vemos um enfraquecimento do dólar em relação ao real, por exemplo. Penso que o risco envolvendo a eleição começará a impactar no aumento da incerteza a partir de junho deste ano”, prevê Fernanda.

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No entanto, investimento acumula queda de poder aquisitivo há um ano e meio

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