As vendas chegaram a R$ 746 milhões no ano passado
Na data em que completa 91 anos, a vinícola Aurora, de Bento Gonçalves (RS), anunciou que projeta atingir até 2025 o seu primeiro bilhão de faturamento anual. A cooperativa também revelou que seu crescimento foi de 6,5% em vendas no ano passado na comparação com 2020. É o terceiro ano consecutivo em que a Aurora atinge o melhor desempenho da sua história.
Entre os produtos que ajudaram a chegar aos R$ 746 milhões negociados, o grande destaque foi o espumante tipo Moscatel, com a venda de 3,7 milhões de garrafas. O volume representa um aumento de 29% em relação à 2020. Já no mercado externo mais recordes: a Aurora fechou o ano com a comercialização de mais 1,5 milhão de litros para 21 países, o que significou num inédito incremento de 88% no faturamento e de 89% em volume. O principal destino foi o mercado asiático.
Para 2022, o diretor superintendente da Aurora, Hermínio Ficagna, prevê uma expansão de cerca de 5%, apostando em lançamentos de novos produtos, em embalagens alternativas, no enoturismo e em plataforma de e-commerce própria, que será apresentada até o mês de março pela empresa.”O ano de 2021 foi desafiador e 2022 não será diferente, pois o cenário econômico ainda se apresenta com muitas incertezas e inseguranças. Mesmo com estas dificuldades, buscamos repetir e até ampliarmos o desempenho que tivemos nos dois anos anteriores”, relata.
Após um período de incertezas acerca da safra 2022 em função da estiagem que acomete o estado do Rio Grande do Sul, a colheita deste ano deverá ultrapassar os 65 milhões de quilos, podendo até mesmo chegar aos 70 milhões de quilos na vinícola Aurora. O volume é semelhante ao registrado em 2020, considerada a safra das safras no quesito qualidade, e 27,7% menor na comparação com o ano passado, que chegou ao número recorde de 90 milhões de quilos.
“A safra 2022 não vinha se desenhando muito bem até iniciarmos a colheita. Após, tivemos a incidência de chuvas que minimizaram a situação em algumas regiões, fazendo com que a uva tivesse uma leve recuperação. Dentre as variedades americanas e híbridas, como a Bordô, a Isabel Precoce, a BRS Magna e a BRS Violeta, a safra está superando as expectativas, principalmente no teor de açúcar”, conta Renê Tonello, presidente do Conselho de Administração da cooperativa. O presidente, que assim como os demais cooperados também é viticultor, adianta que entre as variedades viníferas, a Chardonnay, a Pinot Noir, a Malvasia de Candia Aromática e a Riesling Itálico têm se apresentado num padrão de qualidade superior à média dos últimos anos.
As vendas chegaram a R$ 746 milhões no ano passado