É o maior índice para o mês desde 2016
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,99% em fevereiro, 0,41 ponto percentual acima da taxa de janeiro (0,58%). Trata-se da maior variação para um mês de fevereiro desde 2016 (1,42%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,58% e, em 12 meses, de 10,76%, acima dos 10,2% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2021, a taxa foi de 0,48%.
Houve variações positivas em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. A exceção foi saúde e cuidados pessoais, cujos preços recuaram 0,02%, após a alta de 0,93% verificada em janeiro. A maior variação (5,64%) veio do grupo que congrega os itens de educação. As maiores variações vieram do ensino fundamental (8,03%), da pré-escola (7,55%), do ensino médio (7,46%), da creche (6,47%) e do ensino superior (5,9%).
Outro destaque foi de alimentação e bebidas, com alta de 1,2% em fevereiro, acelerando em relação ao resultado verificado em janeiro (0,97%). As maiores altas vieram de alguns tubérculos, raízes e legumes, como a cenoura (49,3%) e a batata-inglesa (20,1%). Cabe lembrar que alimentação e bebidas é o grupo com o segundo maior peso no IPCA-15, com cerca de 21% do total.
Com alta de 0,87%, o grupo dos transportes teve como o destaque os veículos próprios (2,01%): automóveis novos (2,64%), motocicletas (2,19%) e automóveis usados (2,1%). À exceção de Porto Alegre (-0,11%), todas as áreas pesquisadas tiveram alta em fevereiro. O maior resultado ocorreu na região metropolitana de São Paulo (1,2%), influenciado pelas altas dos cursos regulares (6,39%) e dos automóveis novos (2,24%). Na região metropolitana de Porto Alegre, o resultado foi puxado pela energia elétrica (-7,05%) e pela gasolina (-4,89%).
É o maior índice para o mês desde 2016