Prédio giratório de Curitiba vai a leilão nesta sexta-feira

Última tentativa de venda foi feita em 2018 e apartamentos têm lance inicial de R$ 1,4 milhão

A história do prédio é bastante famosa na capital paranaense

Com lance inicial de R$ 1,4 milhão por unidade, os apartamentos do famoso edifício Suite Vollard, mais conhecido como o prédio giratório de Curitiba, serão leiloados nesta sexta-feira. Os 10 imóveis, que ficam no bairro Mossunguê, poderão ser habitados pela primeira vez desde sua inauguração, em 2004. O preço inicial é bem do que o valor original de venda, que era de R$ 2,3 milhões.

Caso não sejam vendidos, um novo leilão está marcado para o dia 24 de fevereiro, com lance inicial de R$ 849 mil, equivalente a 60% do valor avaliado, um desconto de 40%. De acordo com o leiloeiro público Helcio Kronberg, o juízo determinou a venda de vários apartamentos. Entretanto, caso o valor da execução seja atingido antes de todas as unidades serem leiloadas, o leilão poderá ser finalizado. Portanto, quem tiver interesse já deve registrar seus lances previamente. O leilão iniciará pelos apartamentos dos andares mais altos para os mais baixos.

O município de Curitiba, credor em mais de R$ 1 milhão de IPTU, e alguns outros credores dos proprietários, já estão requerendo ao juízo da 21ª Vara Cível de Curitiba a reserva de seus créditos, o que poderá favorecer a venda de mais unidades. Para participar, os interessados precisam fazer um cadastro prévio no site da Kronberg Leilões. Os lances podem ser feitos à vista ou parcelados, com entrada de 25% e o remanescente em até 30 parcelas. Essa é primeira vez que os imóveis serão vendidos após as diversas tentativas feitas em 2018, quando não houve comprador.

Como o prédio gira
A história do prédio é bastante famosa na capital paranaense. O projeto pioneiro, feito em 1997, saiu do papel em 2004 e atraiu olhares do mundo todo, com espaço até em uma matéria exclusiva do The New York Times e uma citação no The Economist. Na estrutura há um anel externo que gira impulsionado por um motor de 40 cavalos. Apesar do sucesso de mídia, os apartamentos nunca foram habitados. Na época, o motivo apontado foi o alto valor da venda para um empreendimento desse porte, além de problemas judiciais enfrentados pela extinta Construtora Moro, responsável pela obra.

Cada andar pode se mover de maneira independente nos sentidos horário ou anti-horário, de acordo com a preferência do morador, e há pouco atrito no movimento. Os únicos aposentos fixos são a cozinha e o banheiro, por causa do encanamento. O giro completo do Suíte Vollard é feito em uma hora e pode ser ativado por comandos de voz, ou por um painel eletrônico instalado na parede, que controla também luz, ar-condicionado e sistemas de segurança. Os apartamentos são cercados de janelas e oferecem vista 360° da cidade, além de receberem luz do sol a qualquer hora do dia. O prédio tem 11 unidades de 270 metros quadrados cada.

Última tentativa de venda foi feita em 2018 e apartamentos têm lance inicial de R$ 1,4 milhão

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