Porto Itapoá inaugura expansão com investimento de R$ 815 milhões

Ampliação aumenta capacidade de movimentação de contêineres para 2 milhões de TEUs

Porto é referência na movimentação de insumos e produtos de alto valor agregado

O Porto Itapoá inaugurou na última quinta-feira (25) a terceira fase de expansão do terminal. O investimento de R$ 815 milhões contempla a ampliação de 200 mil metros quadrados de pátio, para 455 mil m², e a construção de um armazém de 8 mil m². Com essa ampliação, o Porto Itapoá passa operar um dos maiores pátios de contêineres do Brasil, ampliando a capacidade de movimentação para 2 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano, frente aos anteriores 1,7 milhões de TEUs. O investimento inclui também a aquisição de grandes equipamentos – é o primeiro da América do Sul a operar RTGs (guindastes sobre rodas) híbridos controlados remotamente – e ampliação dos berços de atracação de 800 metros para 1.210 metros.

O presidente do terminal, Cássio Schreiner, afirma que o Porto Itapoá já investiu R$ 2,5 bilhões e que para os próximos anos, estão planejados mais de R$ 2 bilhões. “Já estamos planejando as obras para adicionar mais pátio, mais píer, mais equipamentos e ainda muito mais pessoas. Isso só é possível quando o Poder Público cria condições favoráveis para a iniciativa privada concretizar seus objetivos, ajudando a sociedade e o país em sua estratégia de desenvolvimento, através do que sabemos fazer de melhor, que é empreender”, destaca. Schreiner aponta que para estes investimentos se concretizarem é fundamental que projetos estruturantes sejam priorizados. “Temos trabalhado em conjunto com Governo Federal, Governo Estadual e Autoridade Portuária de São Francisco do Sul para viabilização do projeto de dragagem do Canal de Acesso à Baía da Babitonga – que movimenta mais de 60% das cargas portuárias do Estado de Santa Catarina”, informa.

Para o presidente da câmara de transporte e logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Egídio Martorano, a expansão do porto vai contribuir com a consolidação de SC como um importante centro logístico. “Itapoá é hoje o quarto maior porto do Brasil em movimentação de contêineres. Os investimentos vão contribuir para que o estado mantenha sua posição de destaque na importação e exportação de produtos de alto valor agregado”, salienta Martorano. Do total de cargas movimentadas pelo Porto Itapoá, cerca de 50% são de empresas de outros estados que buscam a eficiência do terminal catarinense, principalmente para a importação de eletrônicos, entre outros itens. A outra metade da movimentação é de cargas de companhias de Santa Catarina, incluindo automóveis e autopeças, motores elétricos, metalmecânica, linha branca e exportação de carga frigorificada, atendendo a forte agroindústria do estado.

Especialistas em inteligência de mercado estimam que, em 10 anos, a área de influência direta do Complexo da Babitonga tem potencial de saltar de 16 para 48 empresas portuárias e retroportuárias com investimentos privados diretos que podem chegar na casa dos R$ 15 bilhões, passar de uma geração de renda anual de R$ 300 milhões para R$ 1,8 bilhão e saltar dos atuais 8.500 empregos para 45 mil oportunidades de novas vagas. Para suportar esse crescimento do Complexo Portuário da Babitonga e estar aptos a receber os maiores navios da navegação comercial mundial, estão sendo definidos grandes projetos de infraestrutura logística. O Porto Itapoá trabalha em parceria com o Porto de São Francisco do Sul, que está à frente do projeto de dragagem de aprofundamento do canal de acesso à Baía. Essa obra vai ampliar de 14 metros para 16 metros a profundidade do calado dos navios, permitindo receber grandes embarcações de até 400 metros. Serão necessários investimentos de R$ 300 milhões. Na avaliação de Martorano, para manter a competitividade do complexo portuário, será necessário investir também na adequação e duplicação das rodovias SC 417 e 416, num aporte estimado de R$ 212,3 milhões, e também em melhorias na Estrada Municipal José Alves, com investimento de R$ 20 milhões.

Ampliação aumenta capacidade de movimentação de contêineres para 2 milhões de TEUs

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