Mudança de modelo de negócio foi fundamental para a retomada da indústria

Avaliação é de André Odebrecht, presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria de Metalmecânica da Fiesc

Para Odebrecht, Santa Catarina tem condições de manter um desempenho acima da média nacional

A rápida capacidade de adaptação da indústria para criar produtos e atender novas demandas foi fundamental para a retomada do crescimento. Essa é a avaliação de André Odebrecht, vice-presidente da Alto Vale do Itajaí e presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria de Metalmecânica da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Em conversa com o economista Marcelo de Albuquerque no segundo episódio da série Observatório Entrevista, ao qual o Portal AMANHÃ teve acesso, o industrial comentou sobre os aspectos que levaram o setor de Metalurgia a alcançar as maiores taxas de crescimento nos últimos 12 meses em Santa Catarina – 27,9% conforme dados apurados em março deste ano.

“O industrial de Santa Catarina deu mais uma vez provas da sua enorme competência. Você tinha um parque fabril e o transformou em pouquíssimo tempo para produzir itens diferentes de forma mais ágil e com menor custo, mesmo diante de uma pandemia”, afirma Odebrecht. A demanda aquecida do setor de alimentos, do agronegócio e da construção são os principais fatores que ajudam a explicar o bom momento do setor, na avaliação do industrial. A indústria metalmecânica e metalurgia foi o terceiro em geração de empregos industriais em Santa Catarina, com um saldo positivo de 6.100 novas vagas formais em 2021. No ano passado, o setor exportou US$ 411,1 milhões, o que representou crescimento de 85,9% na comparação com 2020.

Neste ano, na avaliação do economista Marcelo de Albuquerque, a perspectiva é de um desempenho mais restritivo, por conta da manutenção do aumento de preços e, por consequência, aumento dos custos de produção. De acordo com ele, a invasão da Rússia à Ucrânia é um dos fatores que influencia nessa pressão inflacionária.

Para Odebrecht, no entanto, Santa Catarina tem condições de manter um desempenho acima da média nacional. “O desafio é muito grande novamente”, pondera o presidente da Câmara. De acordo com ele, além dos problemas logísticos e das dificuldades de suprimentos de matérias-primas, há reflexos da pandemia em grandes economias mundiais, como os Estados Unidos, que precisam lidar com inflação histórica e aumento da taxa de juros. O trabalho do industrial catarinense, na visão dele, será o de criar novos mercados, produtos e soluções para alcançar crescimento. “Eu acredito muito na indústria de Santa Catarina e no setor Metalmecânico. Reinvenção é o nosso DNA. Com isso, nós vamos enfrentar mais essa situação”, complementa.

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Avaliação é de André Odebrecht, presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria de Metalmecânica da Fiesc

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