ApexBrasil impulsiona exportações do agronegócio brasileiro

Setor de proteína animal foi um dos destaques

A promoção de vendas é feita através da participação das empresas integrantes às marcas em eventos internacionais, como a Gulfood

As vendas internacionais impulsionaram o setor produtivo brasileiro no ano passado. Em faturamento com exportações, o agronegócio registrou alta 18,4% e a indústria alimentícia, que engloba alimentos e bebidas, 16,8%. Dentro dos dois segmentos, vários setores apoiados pelos projetos setoriais da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) tiveram resultados recordes, como o aumento de volume de 81,5% nas exportações de ovos, de 23% de algodão e 11% de carne suína.

“Os resultados de 2021 são reflexo não só de condições externas econômicas, como a cambial, mas também do próprio potencial do agronegócio brasileiro. Nossas ações estratégicas das marcas setoriais divulgam ao mundo a qualidade da produção do Brasil”, avalia o gerente de agronegócios da ApexBrasil, Márcio Rodrigues. A promoção de vendas é feita através de ações de marketing e relações públicas e da participação das empresas integrantes às marcas em eventos internacionais, como a Gulfood, principal feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio, a Sial Paris, e a Sial China, maior feira de produtos alimentícios inovadores da Ásia.

Estão associados aos resultados expressivos de proteína animal os projetos setoriais Brazilian Chicken, de carne de frango, o Brazilian Egg, para exportação de ovos in natura e processados, e o Brazilian Pork, para promoção da carne suína brasileira, realizados com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).Para a carne bovina, desde 2001, a ApexBrasil desenvolve com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) o Brazilian Beef, que hoje é uma marca consolidada responsável por 98% das exportações de carne bovina brasileira.

Com êxito em 2021, as vendas de produtos de ovos in natura e processados para o mercado internacional somaram 11,3 mil toneladas, o que representou US$ 18 milhões em receitas e 80% a mais em relação à arrecadada em 2020. Os principais destinos foram os Emirados Árabes Unidos, com 6,9 mil toneladas exportadas, seguidos do Japão, que importou 1,1 mil toneladas, e Omã, com 408 toneladas.

As exportações brasileiras de carne suína, por sua vez, aumentaram 11% em volume, marcando também um novo recorde de 1,1 milhão de toneladas. Em receita, houve um aumento de 16,4% nas exportações, em relação a 2020. A China foi o principal destino do setor, consumindo cerca de metade das vendas.

“Nosso país tem os mais altos padrões sanitários do mundo, de modo que nunca tivemos, por exemplo, caso de influenza aviária, ao passo que boa parte dos nossos concorrentes internacionais têm problemas sérios com isso”, ressalta o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua. “Divulgar nossos pontos positivos como esse nos projetos setoriais é um elemento que os torna peça chave para o sucesso de exportações. Estivemos presentes no Japão durante as Olimpíadas, com ações de divulgação na esquina mais movimentada do mundo, a Shibuya em Tóquio”, acrescenta.

Além disso, o Brasil manteve seu posto de maior exportador de carne de frango no mundo e quebrou seu próprio recorde ao exportar 4,6 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 9% no volume exportado em relação a 2020. A receita, considerando produtos in natura e processados, avançou 25,7%, com US$ 7,6 bilhões. O principal destino foi a Ásia, que importou 1,6 milhão de toneladas. A indústria de carne bovina fechou o ano com faturamento de US$ 9,2 bilhões em exportação, 8,3% acima do obtido em 2020. Para 2022, a expectativa é faturar a marca histórica de US$ 10 bilhões.

“Esse número tem ainda mais relevância se considerado o contexto em que vivemos de pandemia e de um período de embargo da China. Ele é reflexo do trabalho feito em sinergia entre setor público e privado. Em março de 2021, por exemplo, foi fundamental a publicação do decreto, pelo governo federal, que incluiu como serviço essencial o funcionamento de toda a cadeia de alimentos e bebidas” diz o presidente da ABIEC, Antônio Jorge Camardelli.

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Setor de proteína animal foi um dos destaques

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