Vendas no varejo sobem 0,6% em novembro

Resultado se deu pelo efeito menor da Black Friday

Algumas compras foram realizadas em outubro ou até mesmo no primeiro semestre

O volume de vendas do comércio varejista no país cresceu 0,6% em novembro, na comparação com o mês anterior (0,2%). Mesmo com o avanço, mais da metade das atividades tiveram resultado negativo no período. No ano, o varejo acumula alta de 1,9% e nos últimos doze meses, também crescimento de 1,9%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE.

Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em novembro. Mesmo assim o varejo avançou puxado, principalmente, pelo crescimento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%). Também avançaram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).

Já o volume de vendas de móveis e eletrodomésticos recuou 2,3%, assim como tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,4%). “O que vimos foi uma Black Friday muito menos intensa, em termos de volume de vendas, do que a de 2020, quando esse período de promoções foi melhor, sobretudo para as maiores cadeias do varejo”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

“Isso se deve, em parte, pela inflação, mas também por uma mudança no perfil de consumo, já que algumas compras foram realizadas em outubro ou até mesmo no primeiro semestre, quando houve maior disponibilidade de crédito e o fenômeno dos descontos. Isso adiantou de certa forma a Black Friday para algumas cadeias”, resume. No comércio varejista ampliado, o crescimento de 0,5% no volume de vendas, em novembro, foi influenciado pelas taxas positivas de veículos, motos, partes e peças (0,7%) e material de construção (0,8%).

O comércio varejista recuou 4,2% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2020. Sete das oito atividades investigadas tiveram taxas negativas, com destaque para móveis e eletrodomésticos (-21,5%), combustíveis e lubrificantes (-7,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%) e tecidos, vestuário e calçados (-4,4%). Os outros segmentos que tiveram queda na comparação com novembro de 2020 foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,6%), e livros, jornais, revistas e papelaria (-14,4%).

A única atividade que cresceu em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2020, foi artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+2,5%). No comércio varejista ampliado, o setor de veículos, motos, partes e peças teve alta de 1,7% em relação a novembro de 2020, enquanto material de construção registrou queda 4,1% no período.

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Resultado se deu pelo efeito menor da Black Friday

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