Companhia catarinense apresentou mais um trimestre de recordes
Se os resultados trimestrais da catarinense Tupy já são sólidos, o acumulado anual se mostrou ainda melhor. Até setembro, a empresa faturou R$ 5 bilhões, valor 68,1% maior que em igual período de 2020. Nos três quartos do ano a companhia também viu o prejuízo de 2020 reverter em lucro de R$ 141,7 milhões (veja os principais resultados ao final desta reportagem).
De acordo com a companhia, o resultado operacional e o aumento do retorno sobre o capital investido são os grandes destaques deste trimestre, apesar da disrupção de cadeias globais de fornecimento, com impacto na oferta de semicondutores e outros insumos. “Por outro lado, a forte demanda por caminhões, máquinas e equipamentos, utilizados nos segmentos de transporte de carga, infraestrutura e agricultura, e os repasses de custos de trimestres anteriores fizeram com que a Tupy apresentasse a maior receita líquida, lucro operacional e Ebitda da sua história”, anuncia a empresa em seu relatório trimestral.
“Estamos expostos a setores perenes, fundamentais para a sociedade e que têm se beneficiado da recuperação da economia global. Para absorver o aumento de demanda, preparamos as operações com ações que promovessem maior flexibilização da produção entre as plantas e eficiências nas operações, contratamos colaboradores e religamos equipamentos. Porém, a despeito do crescimento dos nossos volumes, os sólidos indicadores econômicos ainda não se materializaram integralmente em vendas, dadas às restrições nas cadeias de fornecimento. Consequentemente, houve reprogramação da produção, que acarretou menor diluição de custos, com impacto nas nossas margens”, revela a Tupy.
Diante disso, além dos repasses previstos em contratos, a companhia dedicou esforços para antecipar repasses e recuperar custos incorridos nos trimestres anteriores. Isso devido à elevação abrupta e atípica do preço dos materiais observada nos últimos 12 meses. “Por outro lado, o descompasso entre oferta e demanda tem gerado dois efeitos importantes, com consequências positivas nos nossos volumes para os próximos anos: (i) criação de demanda reprimida e (ii) redução expressiva dos níveis de estoques dos nossos clientes, e consequente necessidade de reposição. Estes fatores deverão ser impulsionados pelo crescimento da economia e diversos programas direcionados à infraestrutura”, detalha a companhia.
A empresa catarinense tem como uma de suas vantagens competitivas a diversificação de mercados e segmentos em que atua. Hoje, mais de 80% da receita é proveniente do mercado externo. No entanto, o desempenho não está atrelado à moeda em si, pois a empresa também tem custos dolarizados.
A companhia também intensificou os investimentos em inovação, inclusive na estrutura da área, que passou a ser dividida em Tupy Up – transformação digital e inovação aberta – e Tupy Tech, dedicada ao P&D disruptivo, que firmou uma parceria com a USP. Trata-se de um investimento de R$ 4 milhões em um projeto para fazer a reciclagem de baterias íon-lítio por meio da hidrometalurgia, método que apresenta maiores índices de reaproveitamento de materiais e menor emissão de gases de efeito estufa.
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