A produção de energia cresceu 35% em relação ao mesmo período de 2022
A usina de Itaipu registrou em 2023 o melhor primeiro semestre dos últimos cinco anos. De janeiro até o final de junho, foram produzidos 40.650.877 megawatts-hora (MWh), ante 30.111.313 MWh no mesmo período de 2022. No comparativo, o aumento na produção foi de 35%. A produção entre janeiro e junho equivale a 2,9 vezes o consumo anual de eletricidade do Paraguai e seria suficiente para atender por 28 dias a demanda de toda a eletricidade do Brasil. Os 40.650.877 MWh também poderiam abastecer por 14 meses o Paraná; por 13 meses o estado do Rio de Janeiro; ou, por um ano, toda região Centro-Oeste. Quando comparada a outras usinas do Brasil, a geração de Itaipu em seis meses foi superior à produção de todo o ano de 2022 da maior usina inteiramente brasileira, a hidrelétrica de Belo Monte. Foi, ainda, 24% maior que a geração anual da usina de Tucuruí e 28% superior ao total anual produzido pelo complexo do Rio Madeira (soma das usinas de Santo Antônio e Jirau).
De acordo com a diretoria técnica de Itaipu, o aumento da geração se deve à maior disponibilidade de água afluente para produção, associada a uma maior demanda dos sistemas interligados do Brasil e Paraguai. O aumento da afluência é decorrente das chuvas de verão dentro da normalidade esperada e da recuperação dos reservatórios das usinas do Rio Paraná e afluentes a montante (acima) de Itaipu, caracterizando o fim da crise hídrica registrada em 2020 e 2021. Em 2022, Itaipu foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e 86,3% do Paraguai. A usina já chegou a atender 25% da demanda de eletricidade brasileira, nos anos 1990, e perto de 20%, na década seguinte.
Ao longo de 39 anos de produção, a usina adotou várias evoluções tecnológicas, incorporando digitalizações pontuais ou de camada, substituindo sistemas, equipamentos e componentes, buscando sempre a excelência e melhores práticas em segurança e eficiência operacional. Para manter os excelentes índices de desempenho operacional, a Itaipu está passando por uma atualização tecnológica, o projeto mais complexo desde a sua construção. Há pouco mais de um ano, Itaipu e o Consórcio Modernização de Itaipu (CMI) assinaram a ordem para o início da execução dos trabalhos. O contrato prevê até 14 anos de serviços, até 2036. Também está em andamento a construção de infraestruturas de apoio, com dois novos almoxarifados e dois centros de integração de sistemas e capacitação. No total, o plano de atualização tecnológica conta com investimentos de US$ 666 milhões já contratados.
O plano contempla a substituição dos sistemas de controle e proteção das 20 unidades geradoras de Itaipu, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares da usina, das comportas do vertedouro e da barragem. Além disso será substituída toda a fiação de força e controle desses dispositivos. Também será modernizada a subestação da margem direita, que conecta Itaipu ao sistema elétrico paraguaio e ao sistema de corrente contínua de Furnas. Já os equipamentos pesados como turbinas e geradores possuem um ciclo de vida mais longo e não são objetos dessa atualização. A atualização das unidades geradoras deve começar em 2026 e seguir nos dez anos seguintes. Serão duas unidades atualizadas por ano, na média de seis meses cada uma, de forma a ter o mínimo impacto possível na produção e fornecimento de energia para o Brasil e o Paraguai. A Itaipu Binacional é a 14ª maior empresa da região e também a quinta maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.
A produção de energia cresceu 35% em relação ao mesmo período de 2022