Entender o que seu público quer muitas vezes não passa por criar startups, digitalizar processos ou contratar consultorias
Na última quinzena de junho, Curitiba foi sede de um dos maiores eventos de gestão e inovação no Brasil, em que inúmeras marcas e empresas se reuniram para falar de desafios contemporâneos e da rápida mudança que o mercado exige de profissionais e corporações hoje em dia. Eventos desta natureza ajudam as pessoas a abrirem a mente e a terem a oportunidade de olhar para um mesmo assunto por outras perspectivas. Uma das falas que tenho percebido com frequência nas empresas é de que “necessitamos urgentemente inovar”. Sim, esse assunto está na pauta das organizações. Empresas nascem e morrem cada vez mais rápido, o que leva ao tabuleiro um grande desafio: como trabalhar a inovação nos modelos de negócios tradicionais?
Claro que não tenho essa resposta, contudo, posso afirmar que a questão não é um bicho-papão. Inovar sempre foi um desafio, desde que o mundo corporativo é mundo. Engana-se quem diz que, com a alta tecnologia, hoje tudo fica mais difícil. É preciso entender que inovação não é sinônimo de tecnologia. Ela até pode utilizar-se de muitas de suas ferramentas, mas não é e nunca foi a mesma coisa.
Inovação é, por si só, a maneira que empresas criativas encontram para dar formato e soluções para atender a determinadas necessidades das pessoas. Ou seja, entender o que seu público quer muitas vezes não passa por sair criando startups, digitalizando processos ou contratando consultorias. Às vezes o que seu cliente quer é somente maior agilidade na entrega e uma personalização maior no atendimento, apena para citar dois exemplos simples. Uma pequena sacada pode ser a inovação no processo, o qual sua empresa necessitava para fidelizar o público. Não é porque ela tem um modelo tradicional, é que agora ela está com os dias contados para existir.
Mas como agir, então, nesse mundo? Estimular o público interno a pensar diferente, a se colocar no lugar do cliente, buscar cursos, assistir a palestras, estudar sobre o negócio da companhia e a olhar mercados que não sejam somente os seus estimula a inovação. Se você somente se prender à tecnologia, vai achar que sua empresa sempre está atrasada – e isso não é bom. Afinal, você nunca vai acompanhar a velocidade de todo o processo tecnológico. Entender a inovação como uma solução para seu público pode ajudá-lo. O mundo não depende apenas de altos investimentos tecnológicos. Pense nisso!
Entender o que seu público quer muitas vezes não passa por criar startups, digitalizar processos ou contratar consultorias