Sim, o home office vai continuar

A tendência no Brasil é que vejamos mais profissionais buscando o modelo híbrido ou mesmo aquele totalmente remoto

Um dos principais fatores de preocupação é a segurança da infraestrutura da empresa com acessos remotos

A vacinação em massa e as medidas preventivas têm surtido efeito e aos poucos começamos a retomar a normalidade. A dúvida que resta é se os modelos de home office adotados durante a pandemia continuarão funcionando. Algumas empresas mudaram radicalmente sua cultura interna para acomodar suas atividades ao trabalho remoto e muitos dos funcionários já estão com suas rotinas devidamente adaptadas. Por isso, talvez a pergunta correta seria se vale a pena voltar ao normal, ou seja, aos escritórios.

A primeira consideração que é feita diante da possibilidade de mudança é o custo que ela terá na estrutura empresarial. Enquanto essa questão está sujeita às particularidades de cada empresa, em geral, podemos aferir que o custo de descontinuar o home office não é atrativo. Muitas empresas abandonaram escritórios gigantescos por sedes e filiais menores e mais objetivas, fazendo com que haja uma rotatividade das equipes que precisam ir ao local físico, de forma que o empregado individual tenha dias de home office e dias de escritório dependendo da sua demanda. É o chamado “modelo híbrido”.

Além do custo com infraestrutura, existe também o custo de “tempo”. Apesar de subjetivo, ele envolve o tempo que cada colaborador gasta no percurso da casa ao trabalho. Aqui, é possível estimar as cifras de combustível, estresse, possibilidade de acidentes e outros fatores que podem gerar custos que não são tão óbvios para a empresa.

A segunda consideração feita é a possibilidade de manter atividades em home office. Uma vez que algumas tarefas, mesmo podendo ser realizadas à distância, são melhores desempenhadas por equipes presenciais. Claro, o contrário também é verdadeiro e existem tarefas que os funcionários desempenham melhor no conforto do lar.

Outro ponto é a importância da tarefa e como a tecnologia comporta sua execução. Por exemplo, um empregado que está realizando uma atualização importante do sistema não poderia ficar repentinamente sem internet. Assim, ele irá necessitar uma conexão segura e estável, que entregue um desempenho similar aos links da própria empresa.

Por fim, um dos principais fatores de preocupação é a segurança da infraestrutura da empresa com acessos remotos. Uma vez que o sistema ficará aberto aos colaboradores, a possibilidade de ameaças pode aumentar consideravelmente e causar danos em atividades cruciais. A solução, no entanto, não é de origem complexa, sendo de fácil acesso opções como Next Generation Firewalls, como o Fortinet, utilizado pela Telium, e serviços de monitoramento de rede.

A tendência para os próximos anos é que modelos de trabalho híbrido ou totalmente remoto comecem a tomar fatias ainda maiores do mercado. Os Estados Unidos já vivem uma transição “forçada” com diversos funcionários pedindo a conta de empregos que não tenham opção de modelo híbrido e aceitando ofertas até 10% mais baixas de empresas que invistam na opção. 

A tendência no Brasil é que vejamos mais profissionais buscando o modelo híbrido ou mesmo aquele totalmente remoto

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