Marca projeta atingir outros países com a industrialização catarinense até 2026
O governo catarinense reuniu-se nesta semana com a diretora de relações exteriores da Shein, Anna Beatriz Lima. No encontro foi oficializada a produção de peças em Santa Catarina, com a parceria de empresas locais. Inicialmente, foram mapeadas dezenas de empresas do setor têxtil para permitir esse trabalho. Anna Beatriz destacou o potencial de Santa Catarina. “A ideia é que a gente consiga construir uma forma de apoio para a nossa produção. Recentemente anunciamos que estamos trazendo a produção local para o Brasil. E esse é um dos motivos de vir até Santa Catarina. Queremos ser um terceiro mercado com a parceria das empresas já instaladas”, relatou. “A Shein não vem com a proposta de criar novas indústrias, mas de agregar e ajudar a desenvolver e construir o potencial produtivo existente. Reconhecemos a capacidade produtiva do estado e a vocação têxtil. Até 2026 queremos atingir outros países com a produção catarinense”, projetou.
O secretário de planejamento, Edgard Usuy destacou que a logística de Santa Catarina foi um ponto forte para o avanço das negociações. “O mais importante na leitura da Shein foi a capilaridade que o estado tem da distribuição das empresas têxteis em todo o território catarinense. Isso somado com a questão dos nossos portos, aeroportos e a nossa malha viária. Toda a possibilidade de exportação que existe em Santa Catarina, certamente, também foi importante na decisão em começar a produção no nosso estado”, listou.
A Shein tem um modelo de negócios único baseado em produção de pequena escala. A companhia produz somente um pequeno lote de 100 a 200 unidades por produto e mede a resposta do mercado em tempo real, produzindo em maior escala somente os produtos que têm demanda garantida. A companhia trabalha com mais de 6 mil fornecedores, muitos dos quais são pequenas empresas, para produzir produtos com a marca Shein e também itens de vendedores locais para comercializar em seu marketplace. A empresa alcança clientes em mais de 165 países e tem como centros de operação-chaves os escritórios de Singapura, da China e dos Estados Unidos.
Marca projeta atingir outros países com a industrialização catarinense até 2026