Negócio foi fechado por pouco mais de R$ 115 milhões
A Wetzel, uma das mais tradicionais indústrias sediadas em Joinville (SC), consolidou um ciclo de crescimento com expectativas promissoras nos segmentos de componentes automotivos em alumínio e de produtos para instalação elétrica aparente. A concretização da venda da UPI Ferro por R$ 115,2 milhões para a Schulz, nesta semana, possibilita o encerramento dos pagamentos remanescentes da recuperação judicial, processo concluído em 2022, e ainda garante por um ano os empregos gerados na unidade vendida.
A UPI Ferro inclui uma fábrica de peças fundidas em ferro para o setor automotivo e dois imóveis não operacionais. O conjunto foi arrematado pela a Schulz na terça-feira (26), em processo coordenado pela Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial da Comarca de Jaraguá do Sul. A venda dessa unidade estava prevista no plano de recuperação judicial da Wetzel. Para que o negócio se concretizasse, garantindo as proteções legais aos compradores, foi necessário a reabertura do processo, procedimento com raríssimos precedentes na justiça brasileira.
Com a nova formatação, a Wetzel passa a contar com cerca de 800 empregos diretos. “Com o crescimento que a Wetzel vem alcançando nas unidades de alumínio e eletrotécnica, a expectativa para 2025 é manter o faturamento muito próximo dos R$ 350 milhões previstos para este ano, mesmo sem contar com a fábrica vendida”, destaca Rodrigo Moretti, diretor-presidente da companhia. A Wetzel é um raro exemplo de negócio que superou a recuperação judicial. Segundo estudo da Serasa Experian, apenas uma a cada quatro empresas sobrevive a esse processo.
A Schulz é a 94ª maior empresa da região e também a 22ª maior de Santa Catarina, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil. A Wetzel não consta na lista (veja o ranking completo aqui e o anuário digital completo clicando neste link).
Negócio foi fechado por pouco mais de R$ 115 milhões