Para 2022, o programa muda de formato e abre espaço para que empresas gaúchas interajam com organizações e mentores de todo o Brasil
A Endeavor está com inscrições abertas para o Scale-Up, jornada de aceleração de empresas que, a partir de 2022, será o único programa desenvolvido pela organização no país. Ele consolida as edições regionais em um formato nacional, voltado para verticais de mercado. Com duas edições anuais, ele vai selecionar scale-ups em todo o país, de setores de serviços para grandes empresas, fintechs, healthtechs, agrotechs e serviços para PMEs. O prazo para se inscrever vai até 31 de janeiro.
Agora, a cada edição, cem negócios estarão conectados por estágio de maturidade, em vez de regiões de origem — encontrando desafios e compatibilidades em comum. “Dessa forma, uma fintech do Nordeste pode ajudar a resolver o problema de outra fintech do Sul, porque ela enfrenta as mesmas situações do dia a dia”, diz Maria Musa, diretora de aceleração de negócios na Endeavor. Outra novidade é que a rede de grandes empresas parceiras do programa aumentará. Antes, eram até cinco corporações próximas às scale-ups por programa. Agora, o número chegará a 30.
O Scale-Up, que acelerou empresas de 15 estados brasileiros no ano passado, tem expectativa de ampliar a abrangência e também no crescimento da diversidade racial e de gênero na rede, contando com uma busca ativa por empresas fundadas ou co-fundadas por mulheres e pessoas pretas. Neste primeiro semestre, foram 240 empreendedores apoiados à frente de mais de 124 negócios, como Hashdex, Sami, Fleurity, Favo e Turbi. Juntas, as scale-ups aceleradas pretendem faturar R$ 3,4 bilhões até o final do ano e são responsáveis pela manutenção de mais de 11 mil empregos diretos.
No Rio Grande do Sul, o programa Scale-Up Endeavor acelerou 30 empresas nos dois últimos anos. Os dados consolidados do primeiro semestre deste ano mostram um crescimento médio de 90% entre as oito scale-ups aceleradas. A média de receita anual foi de R$ 22,8 milhões e o número de colaboradores é expressivo: 1.027.
A expectativa para o fechamento dos números do segundo semestre de 2021 é superar a marca de 2020. Foram nove empresas impulsionadas que juntas empregam mais de 750 pessoas e, como comparativo, faturaram mais de R$ 50 milhões no ano passado. Entre 2019 e 2020, a média de crescimento dessas empresas foi de 250%.
Novo formato
Com cinco meses de duração, a metodologia de aceleração promovida pela Endeavor ajuda as empreendedoras e empreendedores a enfrentarem os desafios da escala nas frentes de liderança e talento, estratégia de crescimento e acesso a capital, por meio de mentorias individuais, troca entre pares e com empresas parceiras.
“Liderar uma scale-up vem com desafios inéditos para as fundadoras e os fundadores à frente da empresa, como refletir sobre a estratégia, direcionar a organização neste caminho, escalar o time sem perder a cultura e gerir o caixa — garantindo capital necessário para continuar crescendo rápido. Durante a aceleração, oferecemos suporte nestes desafios por meio da nossa rede de mentoras e mentores e especialistas que já vivenciaram desafios semelhantes,” explica Vinicius Bergamini, gerente de aceleração de negócios da Endeavor.
Visando tornar o ecossistema empreendedor no Brasil mais equitativo e inclusivo, a Endeavor busca mulheres e pessoas negras à frente de scale-ups. A presença de empresas comandadas por fundadoras na aceleração tem crescido: passou de 18%, em 2020, para 28%, nos seis primeiros meses deste ano — percentuais bem acima dos 9,4% observados no ecossistema (de acordo com o Estudo Female Founders realizado em parceria com a Distrito e B2Mamy).
O objetivo é alcançar 40% de representatividade de gênero e raça em toda a rede Endeavor até 2025, multiplicando exemplos no ecossistema. Para isso, a organização realizou mudanças no processo seletivo do time e tem ampliado a diversidade entre mentoras e mentores. Além disso, está intensificando o relacionamento com outras organizações do ecossistema a fim de agir em conjunto, sendo uma delas a indicação de empreendedoras e pessoas negras para o programa Scale-Up.
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