SC amplia exportações de produtos de alta intensidade tecnológica

Uma situação típica da venda de produtos industriais de maior valor agregado foi o aumento da comercialização de motores elétricos para os EUA

Conforme o estudo da Fiesc, o preço médio por tonelada dos produtos mais intensos em tecnologia cresceu 30,3% em 2022 em relação a 2021

As exportações catarinenses no acumulado anual até julho alcançaram US$ 7 bilhões e foram 25% maiores do que no mesmo período de 2021. Parte desse aumento se explica pelo incremento de vendas de itens com mais intensidade tecnológica. O reconhecimento internacional da qualidade de produtos catarinenses de maior valor agregado permitiu a ampliação das vendas para países desenvolvidos, como os Estados Unidos e nações europeias. Outro fator positivo foi a abertura de mercados para a carne suína na Rússia, Japão, Filipinas e Tailândia, compensando a queda das exportações para a China, decorrente da normalização da produção interna daquele país. A análise é do Observatório Fiesc, com base em dados da secretaria especial de comércio exterior e assuntos internacionais, do Ministério da Economia.

“Produtos inovadores e intensivos em tecnologia geram mais riqueza e agregam valor, daí a importância dos investimentos industriais nessa área”, explica o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar. “O nosso propósito de elevar a participação da indústria no PIB passa exatamente por essa linha, que conduz a produtos com inteligência agregada”, acrescenta, em nota.

Conforme o estudo da Fiesc, o preço médio por tonelada dos produtos mais intensos em tecnologia cresceu 30,3% em 2022 em relação a 2021, passando de US$ 3,09 mil para US$ 4,02 mil. Enquanto isso, os produtos catarinenses de média intensidade tecnológica tiveram elevação de preços na faixa de 8% e os de baixa sofisticação, aumentaram em média 5%. Uma situação típica da venda de produtos industriais de maior valor agregado foi o aumento de vendas de, por exemplo, motores elétricos e partes de motores para os Estados Unidos, que são o principal destino das exportações catarinenses. O mesmo movimento é observado nas vendas para países da Europa, como a Alemanha, Itália, Bélgica e França.

Além disso, a expansão da produção catarinense de máquinas e aparelhos de uso agrícola também se traduziu no aumento das vendas internacionais para os Estados Unidos, como também para outros mercados, como a Bolívia, o Canadá e a Argentina. Devido à normalização de sua produção, a China comprou menos carne suína catarinense. Contudo, essa queda vem sendo parcialmente compensada pelas vendas catarinenses a novos mercados, como por exemplo, a Rússia, bem como para outros países asiáticos como o Japão, Filipinas e Tailândia.

Uma situação típica da venda de produtos industriais de maior valor agregado foi o aumento da comercialização de motores elétricos para os EUA

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