Safra de 2024 deve chegar a 306,5 milhões de toneladas

É uma queda de 2,8% em relação a 2023

Produção de trigo poderá crescer 33%

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 deve somar 306,5 milhões de toneladas, uma queda de 2,8% em relação a 2023, com 8,9 milhões de tonelada a menos, de acordo com o terceiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE. A queda está relacionada à menor estimativa prevista, principalmente, para o milho 2ª safra, com queda de 12,8%; milho 1ª safra, com redução de 3,3%, sorgo e algodão herbáceo em caroço. Por outro lado, espera-se um crescimento na produção de soja (1,7%), feijão (4,2%), arroz (1,6%) e trigo (33%).

“Vale destacar o fato de 2023 ter apresentado um recorde de produção, o que faz com que a base de comparação seja alta. Em 2023, houve recorde de produção da soja, do milho, do sorgo e do algodão. Em 2024, é estimado recorde apenas para a soja, que deve somar 154,5 milhões de toneladas, aumento de 1,3% em relação a novembro, e consolidando um aumento de 1,7% em comparação à quantidade produzida em 2023, devendo representar quase metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no Brasil no ano. A recuperação da produção das lavouras no Rio Grande do Sul foi o principal fator responsável por esse aumento”, analisa Carlos Barradas, gerente do LSPA.

Ele destaca o impacto dos eventos climáticos de 2023 na safra de grãos de 2024, que resultaram em excesso de chuvas no Paraná e no Rio Grande do Sul e seca nas regiões Norte e Centro-Oeste. Contudo, na safra 2023 houve queda na produção dos produtos de inverno – trigo, aveia e cevada, com redução também da qualidade da produção em função do excesso de chuvas. “Em 2024, devido aos problemas climáticos, possivelmente devemos ter uma redução na janela de plantio do milho de segunda safra, principal período de produção do cereal. Mas, desde o primeiro prognóstico, estamos esperando uma redução na produção do milho devido à queda de preços e aos problemas climáticos. No ano passado, com exceção do Rio Grande do Sul, a produção agrícola foi alta em praticamente todos os estados. Este ano, a boa notícia é que as chuvas voltaram. Mas, dificilmente, vamos superar a safra 2023”, completa Barradas.

É uma queda de 2,8% em relação a 2023

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