Razor realiza uma das maiores captações crowdfunding de hardware do país

Empresa de Passo Fundo que fabrica e vende computadores de alta performance alcançou R$ 4,4 milhões e deve entrar no segmento de notebooks

Em 2017, Grégory passou a contar com a participação do irmão André Parisotto Reichert, que na época tinha 26 anos

Com o objetivo de ampliar seu portfólio – entrando no segmento de notebooks – qualificar o estoque de peças e aumentar as vendas, a Razor Computadores acaba de concluir uma das maiores captações crowdfunding de hardware do país. Foram levantados R$ 4,4 milhões por meio da Kria, plataforma de equity crowdfunding. Ao todo, 487 investidores de 20 estados brasileiros aplicaram recursos na startup. O tíquete médio ficou em torno de R$ 9 mil.

“O investimento de quase 500 pessoas demonstra a crença e a confiança no trabalho que vem sendo desenvolvido na Razor ano a ano. Essa captação permitirá avançarmos com consistência na expansão, o que nos motiva e nos orgulha muito”, destaca o CEO Grégory Reichert.

A Razor foi criada em 2014, em Passo Fundo, como uma assistência técnica de computadores. Hoje, a empresa é avaliada em R$ 52 milhões, produz e vende computadores de alta performance para profissionais. Com foco em workstations com alto poder de processamento e capacidade gráfica, a companhia pretende agora focar em notebooks com esse perfil.

Essa foi a segunda vez que a Razor buscou na captação via plataforma de equity crowdfunding uma alternativa para seguir crescendo. Na primeira rodada, em 2020, foram captados cerca de R$ 1,8 milhão com a participação de 148 investidores. Agora, a maior parte dos investidores são homens, na faixa de 28 a 37 anos. São Paulo se firmou como o estado de origem da maioria dos interessados, enquanto Passo Fundo foi a cidade que mais investiu. Somando as duas captações, são mais de R$ 6,2 milhões captados com o investimento de 685 pessoas.

A empresa seguirá mantendo a venda consultiva como um de seus principais diferenciais. “Buscamos entender as reais necessidades de cada cliente para então oferecer máquinas com as melhores versões dos componentes que eles realmente precisam”, observa Grégory. São máquinas que custam, em média, R$ 15 mil, mas podem chegar a valores maiores, de acordo com a especificidade. São voltadas a engenheiros, arquitetos, editores de vídeo e outros profissionais que trabalham com projetos de renderização, computação gráfica, animações, big data e machine learning, entre outros.

Dois irmãos à frente do negócio
Inicialmente focada em computadores para jogos, a Razor mudou de rota, direcionando o negócio para a montagem de computadores de alta performance para público profissional — arquitetura, engenharia, indústria criativa, pesquisa e desenvolvimento e manufatura. Em 2017, Grégory passou a contar com a participação do irmão André Parisotto Reichert, que na época tinha 26 anos. O arquiteto tornou-se sócio e focou sua atuação na produção de workstations [estações de trabalho]. São máquinas com processador de alto desempenho, placa de vídeo dedicadas de alta performance e grande quantidade de memória.

Em 2020, o faturamento da empresa foi de R$ 10 milhões. No ano seguinte, dobrou, alcançando R$ 22 milhões. O projeto da empresa é dobrar novamente a comercialização neste ano, chegando na casa dos R$ 40 milhões, com a inclusão dos notebooks ao portfólio. Para os próximos quatro anos, os empresários esperam crescer dez vezes. Atualmente, 70% das vendas são para empresas, entre elas o mercado corporativo. O portfólio conta com clientes como Petrobras, Itaú, Instituto Butantan, USP, UFRJ, Infraero, Globo, Samsung, Saint Gobain, General Eletric, SBT, entre muitas outras. O tíquete médio fica entre R$ 20 mil e R$ 30 mil por máquina. Mas já foram vendidos equipamentos de R$ 290 mil e já foram orçadas máquinas de mais de R$ 800 mil cada.

Empresa de Passo Fundo que fabrica e vende computadores de alta performance alcançou R$ 4,4 milhões e deve entrar no segmento de notebooks

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