Antes de ir para a loja, é preciso entender qual o seu propósito
Quando você compra um computador, seja para uso pessoal, seja para uso profissional, é importante entender as suas necessidades e os componentes da máquina em que você irá colocar seus investimentos.
Existem diversos componentes básicos para um computador, como processador, placa mãe, memória RAM, fonte e HD. Cada um responsável por desempenhar um papel específico. Além desses, outros componentes opcionais podem ser utilizados dependendo da necessidade do usuário, tais como placas de rede, vídeo, áudio, captura e diversas outras. Neste post focaremos nos processadores, suas funções e quais os mais adequados para cada função.
Antes de ir para a loja, é preciso entender qual o seu propósito, uma vez que, no mundo dos processadores, entrar em uma loja e pedir a “melhor opção possível” não é uma boa conduta. Em primeiro lugar defina qual será o uso primário da máquina.
Servidor: máquina utilizada para executar tarefas centralizadas dentro de uma estrutura;
Serviço: aparelho destinado ao ambiente de trabalho, focado no usuário padrão e na utilização de programas de baixa demanda virtual (arquivos de texto e administrativos);
Workstations: máquina destinada para serviços que demandam maior desempenho computacional, tais como edição de som, vídeo e imagem;
Gaming: aparelho focado em atividades de lazer, exigem grande poder computacional e placas de vídeo dedicadas;
Científico: máquinas de altíssimo desempenho computacional destinadas a analisar volumes imensos de dados.
Existem outras funções, no entanto, é possível classificá-las em subcategorias dos itens acima.
Os grandes nomes do mercado
Atualmente existem dois players principais e um secundário no mundo dos processadores de computador, sendo eles, Intel, AMD e Apple respectivamente. Enquanto as duas gigantes do hardware competem no mercado geral com uma boa variedade de modelos, a Apple reina em seu próprio segmento e em suas próprias máquinas, que abriram mão dos chips dos concorrentes pelo seu próprio processador, o Apple M1. Os componentes no setor de tecnologia podem ser definidos em três categorias:
High end: produtos topo de linha, que apresentam o melhor desempenho. O preço desses itens, no entanto, é bem alto e deve ser avaliado com cautela;
Mid end: são intermediários, que apresentam a melhor performance em relação ao valor. São confiáveis e devem atender a maioria dos usuários que não tenham demandas específicas;
Low end: são produtos feitos com o valor em mente e apresentam um desempenho abaixo dos demais, porém, atendem bem demandas de escritórios e a utilização do dia a dia.
Além das três categorias acima, existem também as linhas “B”, que são produtos secundários, que além de apresentarem performances baixíssimas, não se justificam pelo preço.
As linhas
Quando explicamos as necessidades, era para que ao chegar nas linhas de processadores você entendesse qual caminho seguir em qual marca.
Servidores e Workstations: para essas máquinas, existem linhas específicas, focadas em alto desempenho, confiabilidade e potência. Dentro dessa área temos os processadores Xeon da Intel e os Threadripper da AMD. Sendo muito mais caros que as linhas principais, eles são destinados para profissionais que utilizem softwares específicos ou para servidores que exijam confiabilidade absoluta;
Serviços: para computadores de serviço, as linhas principais são o suficiente e na maioria das vezes, processadores mid ou low end irão atender todas as necessidades do usuário, não exigindo gastos desnecessários em opções mais potentes;
Gaming: este é o principal alvo dos processadores high end como os Intel i7 e i9 e os Ryzen 7 ou superiores. São produtos para entusiastas que desejam tirar o máximo de performance da máquina, mesmo que muitas vezes chips mid end sejam o suficiente.
Os ruins
Por fim, existem linhas “B” que não são recomendadas. São componentes muito fracos e o custo não justifica, sendo melhor optar por opções low end como os Intel i3 e os Ryzen 3. Produtos como o Intel Celeron e os antigos AMD Duron (fora de linha), são feitos para o público leigo, mas não compensam a pouquíssima economia em relação aos low end.
O jeito mais fácil e rápido de decidir é verificar quais as aplicações que você irá utilizar e quais os requisitos mínimos e recomendados. Caso seu uso seja para servidores, é fundamental olhar a demanda que ele terá durante sua operação, o que irá necessitar de um profissional mais especializado. Lembre-se de planejar muito bem seus investimentos de modo a tirar o melhor custo-benefício das tecnologias.
Antes de ir para a loja, é preciso entender qual o seu propósito