Prévia da inflação desacelera para 0,13% em julho

É a menor variação mensal desde 2020

Maior impacto individual veio do leite longa vida com alta de 22,27%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, desacelerou para 0,13% em julho, 0,56 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,69%). Trata-se da menor variação mensal do IPCA desde junho de 2020 (0,02%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79% e, em 12 meses, de 11,39%, abaixo dos 12,04% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2021, a taxa foi de 0,72%. Os dados foram divulgados pelo IBGE.

Houve variações positivas em seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados.O maior impacto individual veio do leite longa vida (22,27%) influenciando a alta do grupo de alimentação e bebidas (1,16%) que acelerou em relação a junho (0,25%). Já a maior variação veio de vestuário (1,39%), que acumula, no ano, alta de 11,01%. No lado das quedas, destacam-se os grupos de transportes (-1,08%) e habitação (-0,78%). No final de junho, foi sancionada a Lei Complementar 194/22, que reduziu as alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações. A lei federal foi posteriormente incorporada no âmbito das legislações estaduais, contribuindo para o recuo de preços observado nesses grupos.

Houve uma queda mais significativa no grupo de transportes, principalmente pela redução de 5,01% no preço da gasolina e de 8,16% no do etanol. Na parte de energia, houve redução de ICMS em várias regiões. Em Goiânia, o ICMS caiu de 29% para 17%, levando o resultado de energia elétrica na área a uma queda de 12,02%. Em Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), os recuos nas variações mensais também foram superiores a 10%.

No caso da alimentação, o movimento foi o oposto, com aceleração de 0,25% para 1,16%, em função dos aumentos do leite longa vida (22,27%) e derivados como requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%). Outros destaques no grupo foram as frutas (4,03%), que haviam tido queda em junho (-2,61%), o feijão-carioca (4,25%) e o pão francês (1,47%). Com isso, a alimentação no domicílio variou 1,12% em julho. Houve ainda aceleração na alimentação fora do domicílio que teve alta de 1,27% em julho, ante 0,74% do mês anterior. Em vestuário (1,39%), o destaque ficou com as roupas masculinas, cujos preços subiram 1,97% em julho. Além disso, foram registradas altas superiores a 1% também nos preços dos calçados e acessórios (1,57%) e das roupas femininas (1,32%).

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É a menor variação mensal desde 2020

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