Os veículos elétricos estão conquistando espaço no portfólio da Marcopolo, empresa que passou por uma revolução em seus negócios nos últimos dois anos
A Marcopolo passou por uma verdadeira revolução nos últimos dois anos. A companhia de Caxias do Sul (RS) reduziu seu custo fixo em 30% e reorganizou suas operações nacionais e internacionais. A empresa manteve resultados positivos mesmo após a queda de quase metade no volume de carrocerias produzidas no Brasil e ao aumento dos custos de materiais associados à inflação gestada pela pandemia. Os investidores também foram recompensados: em 2020 e 2021, a fabricante de ônibus manteve um payout [porcentagem do lucro líquido distribuído, na forma de dividendos ou juros sobre capital próprio, aos acionistas] superior ao exigido na legislação – 40% em 2020 e 29% no ano passado.
Desse modo, a Marcopolo se consolidou como líder na fabricação de carrocerias de ônibus no país, com 53,5% de participação do mercado, e está posicionada entre as maiores do mundo. Esse índice poderá ganhar ainda mais musculatura com o recente retorno das atividades presenciais, que vão exigir o deslocamento de pessoas. “Acreditamos no retorno do segmento de transporte terrestre de pessoas já neste ano. O aumento dos preços dos combustíveis traz passageiros adicionais ao nosso negócio, em função do encarecimento do modal aéreo e do uso de carro próprio. A redução do impacto da pandemia trará naturalmente os passageiros de volta às viagens”, contextualiza James Bellini, diretor-geral da Marcopolo.
Durante a pandemia, a empresa lançou a plataforma sanitária Biosafe e a divisão de negócio Marcopolo Rail. “Grandes projetos nessa nova divisão demandam tempo e também sofreram pelo recuo de passageiros. Entre as tendências de mercado, a Marcopolo vem investindo na eletrificação da mobilidade e no fortalecimento do segmento de fretamento”, conta Bellini.
A empresa está voltada para o futuro da mobilidade, o que vai além da produção de carrocerias e abrange novas tecnologias, sistemas de movimentação de pessoas e novos modais. Por essa razão, os veículos movidos a energia limpa estão conquistando espaço no portfólio da companhia. Na visão da Marcopolo, os sistemas elétricos de transporte, por exemplo, contribuem com a melhoria da mobilidade urbana e apoiam o desenvolvimento de novas alternativas de operação do transporte coletivo, pavimentando o caminho para que mais tecnologias limpas e sustentáveis sejam implementadas no futuro.
A Marcopolo acabou de concluir o processo de homologação do Attivi, ônibus com chassi próprio, tecnologia nacional e importada e 100% elétrico. O veículo representa um marco para a história de 73 anos da empresa caxiense, pois é o primeiro ônibus elétrico integral homologado no Brasil. O modelo já pode ser comercializado e há uma estimativa de que 30 ônibus sejam produzidos ainda neste ano. O dinamismo e a inovação da Marcopolo estão fazendo com que a marca siga sendo reconhecida no estado onde estão suas raízes. A companhia se mantém entre as empresas mais lembradas do Rio Grande do Sul, a categoria mais nobre do Top Of Mind – As Marcas do Rio Grande, realizado pelo Grupo AMANHÃ há 32 anos ininterruptos.
Os veículos elétricos estão conquistando espaço no portfólio da Marcopolo, empresa que passou por uma revolução em seus negócios nos últimos dois anos