Packem produzirá big bags sustentáveis na Índia

Companhia, que tem unidade fabril em Santa Catarina, formalizou joint venture com a Umasree

Empresas investem US$ 15 milhões em nova fábrica de big bags feitas com PET/PCR

Após anunciar investimentos para ser a primeira empresa brasileira a produzir big bags 100% sustentáveis, feitas com PET/PCR (rPET), a Packem firma uma joint venture com a Umasree Texplast Private Limited para a construção de uma segunda unidade fabril de bags de PET, desta vez na Índia. “Essa nova planta na Ásia levará a Packem para mercados mundiais que já são atendidos hoje pela Umasree, em bags de PP, especialmente Estados Unidos, Canadá e Europa. Somos parceiros comerciais da Umasree há mais de 10 anos e foi essa relação de confiança que possibilitou a joint venture e o investimento conjunto de US$ 10 milhões na nova fábrica, sendo 51% Packem e 49% Umasree”, conta Eduardo Santos Neto, CEO da Packem, em nota.

A futura fábrica de big bags de PET/PCR sustentáveis deve gerar cerca de 700 novos empregos na Índia, que é o maior produtor e exportador de big bags do mundo. “O nosso big bag de rPET trará grandes vantagens ambientais e sociais para a Índia, Além dos empregos diretos, estima-se que cada tonelada de plástico reciclado gere três empregos locais para a indústria de coleta e reciclagem. Além disso, nosso projeto vai gerar demanda local por garrafas PET pós consumo, com impacto positivo para os oceanos, rios e para o meio ambiente em geral”, ressalta Marcos Spitzner Filho, CFO da Packem, também por meio de nota.

O CEO da Umasree, Punit Gopalka, disse que escolheu a Packem por ser uma empresa jovem, enérgica e com visão de futuro. Além disso, destaca a Índia como ponto estratégico para atendimento do mercado mundial, no qual atua desde 2005 e, pela primeira vez, com um produto 100% reciclado e reciclável. Gopalka vê muito potencial no novo produto. “Os usuários finais e os governos estão pressionando os fabricantes a identificar um novo produto que seja ambientalmente sustentável”, destaca. O mercado mundial de FIBC (Flexible Intermediate Bulk Container) é liderado por cinco países – Índia, China, Vietnã, Turquia e México –, que em 2021 exportaram 250 milhões de unidades, sendo que a Índia respondeu por 50% desse volume. “Prevemos que, pelo menos, 2% do mercado mundial de big bags poderá substituir imediatamente o produto com polipropileno pelos big bags de PET/PCR e que esta substituição será crescente ao longo dos anos”, aposta o CEO da Umasree.

A Packem iniciou neste mês a entrega dos primeiros lotes de big bags sustentáveis à Yara do Brasil, com quem firmou parceria no início deste ano para a construção da primeira planta brasileira a fabricar esse produto. Segundo a Packem, esta é a maior inovação dos últimos anos no segmento de embalagens para a agricultura. “O objetivo da Packem é desenvolver a economia circular de embalagens para o setor. Esses são os primeiros projetos 100% bag-to-bag do mundo e farão com que os big bags usados no campo sejam processados e reciclados para serem big bags de novo. Vamos reaproveitar 100% dos big bags de rPET e isso demonstra claramente o nosso compromisso em eliminar o plástico virgem do agronegócio e das indústrias, utilizando plástico reciclado, retirado das fazendas e do meio ambiente como um todo”, destaca Spitzner Filho.

A tecnologia especial para a produção de tecidos de alta performance a partir de poliéster/PET PCR é exclusiva da austríaca Starlinger, líder mundial na produção de máquinas para embalagens plásticas de ráfia e equipamentos de reciclagem para plásticos. A primeira fábrica de big bags sustentáveis da Packem fica em Aurora (SC), ao lado de sua sede atual, com capacidade instalada para produzir 6,4 milhões de unidades de big bags por ano. Além da planta catarinense, a Packem possui unidades em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. O board da companhia fica em Curitiba.

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