Os calçados voltam às ruas

A abertura das lojas foi o pontapé inicial para a retomada do setor calçadista

“Conseguimos ampliar nosso mercado de exportação, especialmente para a América Latina. Até na parte latina dos Estados Unidos nossos produtos têm tido uma boa aceitação”, celebra Argenta

Nos últimos meses, a Calçados Beira-Rio vem observando um fenômeno pelo qual espera desde o início da pandemia: a volta da procura por sapatos “de sair”, como saltos e sandálias. Após um ano de aumento nas linhas de tênis e calçados mais casuais, as pessoas começam a se preparar para a volta de eventos e passeios ao ar livre.

“Sem dúvidas o setor calçadista sofreu muito com a pandemia”, admite Roberto Argenta, presidente da Calçados Beira-Rio. A abertura das lojas em meados de julho foi o pontapé inicial para a retomada, principalmente depois de um período focado no desafio de manter empregados, prestadores de serviço e fornecedores.

A estratégia da Beira-Rio foi produzir uma quantidade razoável de calçados para serem vendidos a pronta-entrega – com resultados positivos, já que o desafio foi cumprido com sucesso. Apesar disso, as receitas e margens não foram mantidas, mas, nos últimos meses, também começaram a se normalizar.

“Faz parte da vida empresarial ter momentos mais difíceis e temos de ter tranquilidade para superar esses períodos”, reflete Argenta. Para 2021, a Beira Rio planeja se aproximar dos R$ 3,5 bilhões de faturamento. Já para 2022, a expectativa é superar os R$ 4 bilhões. Ao longo do ano, foram investidos aproximadamente R$ 70 milhões em tecnologia da informação, infraestrutura de obras civis e equipamentos.

As expectativas da companhia para 2022 são otimistas. “Conseguimos ampliar nosso mercado de exportação, especialmente para a América Latina. Até na parte latina dos Estados Unidos nossos produtos têm tido uma boa aceitação. Agora, com esse certificado de origem sustentável, vamos entrar também em grandes cadeias de lojas dos EUA e Europa”, celebra Argenta.

Ele avalia que o mercado está preferindo os calçados brasileiros em função da qualidade superior do design. “Vejo o futuro com muito otimismo para a economia brasileira. A bola da vez em desenvolvimento agora é o Brasil, e vamos puxar toda a América Latina. Será o novo polo de desenvolvimento mundial”, prevê.

Este conteúdo integra o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.

A abertura das lojas foi o pontapé inicial para a retomada do setor calçadista

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