A empresa catarinense vem investindo em diversos projetos e reestruturações para garantir o seu lugar de destaque
As mudanças organizacionais realizadas em 2019 pela Bunge – quando seu modelo operacional global deixou de ter uma estrutura regionalizada e passou a ser estruturado globalmente por cadeias de valor – continuam rendendo frutos à empresa. O novo modelo proporcionou uma visão mais ampla sobre as operações da empresa e garantiu mais agilidade nas tomadas de decisão em um contexto mercadológico que muda rápida e constantemente. A combinação de um time de executivos experientes com um planejamento robusto e baseado em uma operação de visão global deram à Bunge a condição de atender de maneira eficiente os clientes de toda a cadeia de valor: agronegócio, alimentos e ingredientes. Essa atuação consolida o papel da marca como parceira estratégica dos diferentes players e concede musculatura para enfrentar contextos mais desafiadores no curto, médio e longo prazos. Por todos esses esforços, o ano de 2021 foi extraordinário globalmente para a Bunge, que seguiu em 2022 com resultados consistentes. A demanda pelos produtos continua forte e contínua, tanto na cadeia de soja quanto na cadeia de trigo – e, para atender a essa demanda, a empresa apostou em várias direções.
Múltiplas frentes
Com o objetivo de fortalecer a originação, como é denominado o processo que envolve plantio, colheita e armazenamento, a Bunge adquiriu 33% da Sinagro, uma importante revendedora de grãos e produtos agrícolas com relevante atuação na região do Cerrado. A Sinagro foi uma das primeiras empresas a aderirem à Parceria Sustentável da Bunge, iniciativa pioneira lançada em 2021, pela qual a Bunge auxilia os revendedores de grãos a implantarem sistemas de avaliação socioambiental de fornecedores, incluindo monitoramento por satélite, em escala de fazenda. Os participantes do programa podem adotar serviços de imagens geoespaciais independentes ou utilizar a estrutura da Bunge sem custos.
Além disso, anunciou a criação da Orígeo, uma joint venture entre Bunge e UPL que tem como objetivo oferecer a melhor e mais ampla oferta de soluções para o produtor, baseada nos pilares de sustentabilidade, produtividade e rentabilidade. Recentemente, manifestou a intenção de adquirir 20% da SeedCorp|HO, uma empresa de genética de soja com atuação no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, ampliando, desta forma, seu portfólio de barter [operações nas quais os produtores podem comprar insumos com pagamento futuro em grãos]. O negócio está sujeito ao cumprimento de condições precedentes costumeiras a este tipo de transação, incluindo sua aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O acordo também amplia o portfólio de produtos e serviços a serem oferecidos pela sua jont venture Orígeo no Brasil.
Já na cadeia de foodservice, foram iniciadas as atividades do Creative Studio, localizado na sede da empresa, em São Paulo. O espaço – que já conta com cinco unidades espalhadas pela Ásia, Europa e América do Norte – é voltado para clientes industriais com o objetivo de fomentar a cocriação de produtos alimentícios que atendam às novas demandas sensoriais e nutricionais do consumidor. O estúdio tem como foco o desenvolvimento de novas tecnologias e o avanço da pesquisa científica para produtos mais saudáveis e voltados para a chamada categoria de indulgentes – itens que tornam a experiência de comer prazerosa, como doces, chocolates e produtos gourmet. Os equipamentos disponíveis no estúdio permitem testar e simular diferentes aplicações para muitos dos produtos Bunge – farinhas, óleos e gorduras.
Também neste ano foi criada a Academia de Negócios Bunge, uma plataforma online focada em treinamentos, troca de experiências, aprendizados e tendências nos segmentos da panificação, confeitaria e culinária. A plataforma aberta oferece capacitação em panificação, confeitaria, refeição, gestão de negócios, matérias primas, equipamentos e utensílios, ultracongelamento, receitas especiais, segurança de alimentos, marketing digital, fluxo de caixa e contabilidade.
Outra ampliação foi a do programa Parceria Sustentável, que apoia revendas de grãos na adoção de sistemas de verificação socioambiental, rastreabilidade e monitoramento por meio do compartilhamento de conhecimento, metodologias e ferramentas já utilizadas pela Bunge. É uma medida para avançar na rastreabilidade dos fornecedores, o que leva à comercialização de produtos de origens sustentáveis.
Um passo importante da Bunge, nesse sentido, foi dado em conjunto com a Petrobras. Os dois maiores produtores nacionais de derivados de petróleo e de óleo de soja, respectivamente, celebraram um contrato em que a Petrobras adquire da Bunge óleo de soja refinado destinado à produção de Diesel R5 na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. A matéria-prima começou a ser fornecida no final de julho e a produção teve início em setembro de 2022. Cerca de 1,5 milhão de litros serão destinados aos primeiros testes comerciais do produto, para verificar a receptividade do mercado ao novo combustível. Os testes comerciais com o biocombustível são um importante passo para o desenvolvimento de produtos e negócios de menor intensidade de carbono e maior sustentabilidade da matriz energética brasileira. Ambas as companhias tentarão identificar segmentos interessados no uso desse combustível para redução das emissões de gases de efeito estufa.
“O sucesso desses processos só foi possível devido ao empenho, foco e coordenação primorosa das nossas equipes. Como resultado, temos entregado um forte e consistente resultado ao longo do ano mesmo diante de um cenário de inflação, aumento do custo da energia e do conflito entre Ucrânia e Rússia, que vem gerando interrupções de oferta e entraves logísticos”, ressalta Julio Garros, copresidente global de agronegócio da Bunge.
“Mas o fato é que a conjuntura desafiadora é comum a todos e demanda agilidade, eficiência e clareza estratégica para nos adequarmos com a velocidade necessária”, afirma Garros. “Temos a convicção de que os nossos diferenciais competitivos aliados ao nosso foco no crescimento sustentável do negócio nos posicionam de maneira positiva para enfrentar cenários adversos.”
A Bunge é a maior empresa da região e também a maior de Santa Catarina, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.
A empresa catarinense vem investindo em diversos projetos e reestruturações para garantir o seu lugar de destaque