Com investimento de R$ 4 milhões, o complexo da Fortepar passa por reforma para ampliação e modernização
A movimentação de açúcar ensacado e carga geral contará com novos espaços para armazenagem no Porto de Paranaguá, litoral do Paraná. O Grupo FTSpar passou a administrar uma área com 23 mil metros quadrados, sendo 5 mil metros quadrados de área construída, com capacidade estática de 18 mil toneladas. Com investimento de R$ 4 milhões, o complexo da Fortepar passa por reforma para ampliação e modernização. Contando com a estrutura do Porto Ponta do Félix em Antonina, também administrado pelo grupo, o objetivo é chegar a 150 mil toneladas de capacidade estática. “Desta capacidade estática total de 150 mil toneladas, temos metade desse volume dentro de zona primária alfandegada e a outra metade em recinto alfandegado e armazém geral, para que as usinas fora do Paraná possam usufruir de seus regimes fiscais”, explica Valdecio Bombonatto, diretor-presidente do Grupo FTSpar.
A empresa iniciou as atividades com recorde de produtividade no embarque de 25 mil toneladas de açúcar em sacas com destino ao Sul da África, entre os dias 3 e 10 de junho. Nessa primeira operação, em apenas 12 horas foram carregadas 3.003 toneladas de açúcar ensacado, movimentação 70% maior do que a produtividade exigida pelo porto, que é de 3.500 toneladas em 24 horas. O contrato de arrendamento da área da Fortepar no Porto de Paranaguá, denominada PAR-32, foi arrematado pelo Grupo FTSpar, em leilão realizado na B3, em São Paulo, em março de 2022 e o contrato foi formalizado no início deste ano.
Escoamento do açúcar brasileiro
O Brasil está entre os maiores exportadores de açúcar do mundo, sendo responsável por mais de 45% do total do produto comercializado. De acordo com a Confederação Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de cana-de-açúcar deve chegar a 637,1 milhões de toneladas no ciclo atual, 4,4% a mais que na safra 2022/2023. Parte desta carga passa pelo Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, segunda maior porta de saída do produto, ficando atrás apenas do Porto de Santos.
Para Pietro Costantino, diretor comercial da Timbro Trading, que deve movimentar cerca de 500 mil toneladas de açúcar ensacado na safra atual 2023/24, a armazenagem está entre as principais preocupações. Como o açúcar brasileiro se tornou competitivo, a demanda veio mais forte do que nos anos anteriores e se tornou uma oportunidade para os players do mercado, porém virou um desafio o escoamento devido ao gargalo logístico em terminais. “Essa ampliação da capacidade estática no Porto de Paranaguá é importante para garantir uma logística mais linear nos embarques de navios e não ficar vulnerável a problemas de transporte do interior para o porto”, lembrou Constantino.
Com investimento de R$ 4 milhões, o complexo da Fortepar passa por reforma para ampliação e modernização