No passo das transformações

Disrupções tecnológicas, divisões geopolíticas, mudanças climáticas e os efeitos da pandemia de Covid-19. Do que os negócios precisam para se adaptarem à nova realidade?

Criatividade, paixão, experiência e tecnologia: para Peres e Biedermann, o novo mundo dos negócios exige aptidão para as transformações

Mal o planeta começava a enfrentar a pandemia da Covid-19 e os analistas econômicos já tinham uma certeza: o mundo dos negócios nunca mais seria o mesmo. Transcorridos quase dois anos desde que a sociedade e o universo corporativo foram desafiados em seus hábitos e valores, ficou a percepção de uma transformação radical. Mas como acompanhar essas disrupções tecnológicas, divisões geopolíticas, mudanças climáticas e os efeitos do pós-pandemia?

ESG, compliance, segurança cibernética, transformação digital, capacitação de pessoas. Diante das necessidades atuais, não basta apontar para apenas uma destas tendências. Se para algumas empresas perceber estes sinais leva tempo, há aquelas que saltam à frente. É o caso das listadas no ranking 500 MAIORES DO SUL, levantamento anual da revista AMANHÃ e da consultoria PwC Brasil. “O contexto exige uma visão abrangente e estratégica, que interligue e integre tais ações, e este conceito certamente foi entendido e mapeado por muitas das empresas que avaliamos entre as 500 MAIORES DO SUL”, observa o sócio da PwC Brasil, Rafael Biedermann, um dos responsáveis pela pesquisa.

A PwC implementou uma estratégia inovadora, intitulada A Nova Equação, que representa o maior ciclo de investimentos já realizado pela firma no Brasil. Visando aos próximos cinco anos, somam-se tecnologia e transformação digital, que contam com aporte de R$ 700 milhões no Brasil, outros R$ 100 milhões em programas de impacto social, ambiental e de governança no mercado (ESG), mais de R$ 600 milhões para capacitação de pessoas e a contratação de mais de 7 mil profissionais.

Na alça de mira da PwC está o campo. Enquanto diversos setores sofriam contundentes impactos por conta da crise, o agronegócio ia muito bem, obrigado – particularmente nos estados do Sul, que são grandes produtores. Entre as 30 primeiras colocadas do ranking 500 MAIORES DO SUL, 20% delas são empresas do agronegócio. No topo, nas primeiras posições, despontam as catarinenses Bunge Alimentos e BRF, acompanhadas da paranaense Coamo.

“Considerando a vocação regional para o agronegócio e o crescimento estruturado do setor, estimamos expandir em 25% o volume de negócios nos próximos dois anos”, projeta Carlos Peres, sócio líder da PwC Brasil para a região Sul. “Igualmente, seguimos com perspectivas de crescimento de negócios com empresas familiares e de tecnologia, considerando a forte concentração regional e a necessidade de aperfeiçoamento dos processos de governança”, complementa.

Segundo a pesquisa Projeções do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a produção agrícola do país crescerá mais de 20% até 2030. “As empresas que buscam se adaptar às transformações do mercado precisam ter uma estratégia clara de práticas dedicadas a ESG para criar bases sólidas para o crescimento e a sustentabilidade do negócio, conquistando a confiança de clientes, colaboradores e investidores, além dos demais stakeholders”.

Saltando na frente
A PwC também acompanha de perto o segmento financeiro, quinto colocado entre os setores de mais peso no ranking, com 38 empresas somando R$ 35,9 bilhões de receita líquida. Em estudo sobre a participação das cooperativas de crédito no sistema financeiro nacional, o Banco Central (BC) registrou o crescimento significativo dessa área. No que se refere ao crédito a pessoas físicas, a parcela do mercado ocupada pelo crédito cooperativo também tem crescido no Sul, respondendo por mais de 15% do segmento.

O Sicredi é o melhor exemplo. Na quarta colocação entre as empresas de maior destaque no ranking, ostenta um VPG de R$ 15,6 bilhões em 2020 – quase 10% a mais do que na edição anterior. No Rio Grande do Sul, lidera o ranking não apenas em VPG, como em patrimônio líquido, lucro líquido e capital de giro próprio, além de acumular o maior patrimônio líquido entre todas as companhias listadas. Outras oito cooperativas financeiras figuram no levantamento: Viacredi; Credicoamo; Unicred RS; Sicoob Central SC; Unicred Florianópolis; Sicoob Ouro Verde; Unicred União; e Unicred Sul Catarinense.

Atenta ao crescimento do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), a PwC Brasil lançou recentemente o Centro de Excelência para Cooperativas de Crédito, sediado em seu escritório em Porto Alegre (RS). O local possui uma equipe de especialistas dedicada a atender cooperativas de todo o Brasil, com foco em soluções de auditoria cooperativa, auditoria interna, compliance, gestão de riscos e controles internos.”É necessário haver uma combinação de criatividade, paixão, experiência e tecnologia para apoiar as empresas nesses desafios. Nesta nova abordagem que o mundo dos negócios exige, cabe a nós estarmos aptos a estas transformações e ajudar os clientes a gerarem resultados sustentáveis e criar confiança hoje e amanhã”, destaca Peres.

Este conteúdo integra o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.

Disrupções tecnológicas, divisões geopolíticas, mudanças climáticas e os efeitos da pandemia de Covid-19. Do que os negócios precisam para se adaptarem à nova realidade?

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