Estado mantém pela quarta semana consecutiva redução das taxas de transmissão
Mantendo pela quarta semana consecutiva uma tendência de redução das taxas de transmissão e do registro de casos graves e mortes por coronavírus em Santa Catarina, a matriz de risco potencial divulgada neste sábado (30) revela nove regiões como risco potencial moderado (cor azul) e oito regiões como risco potencial alto (cor amarela).
Houve melhora nos indicadores das regionais Carbonífera, Extremo Sul, Grande Florianópolis, Laguna, Meio Oeste, Serra Catarinense e Vale do Itapocu, que na semana anterior estavam classificadas como nível alto (amarelo), e passaram a ser classificadas como nível moderado (azul), se juntando as regiões do Alto Vale do Itajaí e Alto Vale do Rio do Peixe, que se mantiveram no nível moderado (azul).
Já nas regiões da Foz do Rio Itajaí e Oeste, que na semana anterior estavam classificadas como nível moderado (azul), passaram a ser classificadas como nível Alto (amarelo), por apresentarem uma manutenção dos indicadores de gravidade e uma elevação no número de casos confirmados ao longo da semana. As regiões em risco alto são Alto Uruguai Catarinense, Extremo Oeste, Foz do Rio Itajaí, Médio Vale do Itajaí, Nordeste, Oeste, Planalto Norte e Xanxerê.
Melhora nos indicadores
Nas últimas semanas tem se observado por uma importante redução dos indicadores de gravidade da pandemia em Santa Catarina, principalmente no número de óbitos, que reduziu 19% em relação à semana anterior. No entanto, o número de casos hospitalizados que se manteve estável na faixa de 600 por semana e de internações em leitos de UTI, que se mantêm na faixa de 160 por semana.
A maior parte dos pacientes que estão indo a óbito por coronavírus nesse momento são idosos, com idade acima de 60 anos, e que ainda não receberam a dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Levantamento preliminar mostra que no período de 14 de setembro a 13 de outubro foram registrados 431 óbitos por Covid em Santa Catarina. Quando analisada a situação vacinal das pessoas que foram a óbito nesse período, dos 431 óbitos, 327 (76%) eram idosos (60 anos ou mais) e 104 (34%) eram pessoas abaixo de 60 anos de idade.
Dos 327 idosos, 116 (35%) não tinham completado o esquema vacinal (87 não tinham recebido nenhuma dose e 29 só haviam recebido a primeira dose), 211 (65%) tinham recebido as duas doses ou a dose única há mais de 5 meses, mas apenas dois haviam recebido a dose de reforço. Por conta disso, a SES/SC recomendou a redução no prazo de aplicação da dose de reforço para os idosos, que passou para 5 meses após a segunda dose ou dose única do esquema primário.
Já entre a população abaixo de 60 anos, dos 104 óbitos registrados, 88 (85%) não tinham completado o esquema de vacinação e apenas 16 pessoas (15%) estavam com o esquema vacinal completo. Esses números servem para alertar aos jovens e adultos sobre a importância de se completar o esquema vacinal primário com duas doses, de forma a ampliar sua proteção contra formas graves da Covid-19, considerando que existem mais de 420 mil pessoas em atraso na aplicação da segunda dose em todo o território catarinense.
O aumento na cobertura vacinal em Santa Catarina permanece sendo um fator essencial na melhora dos indicadores da matriz de risco em todas as regiões. Nessa semana Santa Catarina ultrapassou a marca dos 10,1 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas, das quais, 4,27 milhões já receberam a segunda dose ou dose única, estando completamente imunizados (59% da população total). Além disso, 290.182 idosos e trabalhadores de saúde já receberam a dose de reforço e 12.970 pessoas com imunossupressão grave receberam doses adicionais.
É a partir do aumento da cobertura vacinal que tem sido possível reduzir a gravidade da pandemia no estado, que conta com a variante Delta do coronavírus como sendo o responsável pelo maior número de infecções neste momento. Para reduzir ainda mais o risco de transmissão de Covid-19 em Santa Catarina é necessário o avanço da vacinação, principalmente com a aplicação da dose de reforço para os idosos, a segunda dose para as pessoas acima de 18 anos e concluir a primeira etapa de vacinação para os adolescentes de 12 anos a 17 anos, que já alcançou mais de 60% de cobertura da primeira dose.
Como o número de casos ativos ainda se encontra elevado, para Santa Catarina continuar avançando rumo ao controle da pandemia, recomenda-se manter as medidas de prevenção que envolvem uso de máscaras, distanciamento, dar preferência a permanência em ambientes ao ar livre e com ventilação natural e evitar aglomerações.
O principal objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta de tomada de decisão. A nota final do mapa de risco considera um intervalo de variação mais adaptado para cada nível, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravíssimo.
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