Lucro alcançou R$ 228,7 milhões com reconhecimento de crédito de PIS e Cofins sobre aquisições de aparas
A Irani Papel e Embalagem registrou lucro líquido de R$ 228,7 milhões, impactado positivamente pelo reconhecimento judicial de créditos de PIS e Cofins sobre a aquisição de aparas, que gerou resultado não-recorrente de R$ 161,1 milhões, com relevante reforço de caixa. A receita líquida, de R$ 394,4 milhões no segundo trimestre deste ano, teve retração de 8% na comparação com o mesmo período de 2022, motivado por vendas 3,3% menores no segmento de embalagens sustentáveis (papelão ondulado), devido ao cenário econômico nacional e parada das máquinas de papel em Santa Catarina, para a interligação com a Caldeira de Recuperação (Gaia I), e de manutenção em Minas Gerais.
As vendas da companhia, porém, foram positivas em relação aos três primeiros meses do ano, pondera o diretor de administração, finanças e de relações com investidores da Irani, Odivan Cargnin. “Houve crescimento de 1,4% na demanda por embalagens entre abril e junho em relação ao primeiro trimestre de 2023, o que indica resiliência do consumo e, consequente, sustentação da demanda para os nossos produtos”, explica Cargnin. Em relação ao Ebitda ajustado, no segundo trimestre deste ano, o valor foi de R$ 117,1 milhões, com margem de 29,7%, 19,2% inferior ao apurado ao mesmo período de 2022. O executivo explica, porém, que a decisão judicial favorável à Irani de crédito de PIS e Cofins sobre aquisições de aparas terá impacto recorrente positivo estimado, por mês, de R$ 1,6 milhão no Ebitda da companhia. Os investimentos deste trimestre somaram R$ 125,2 milhões e foram direcionados, principalmente, para reflorestamento, manutenção e melhorias das estruturas físicas, software, máquinas e equipamentos.
O segundo trimestre também foi marcado pela conclusão da maior e mais significativa entrega dentro do escopo do projeto Gaia I, parte da Plataforma Gaia, que compreende um amplo projeto de modernização de unidades e de autossuficiência energética, entre outros investimentos. Em junho ocorreu o startup da operação da caldeira de recuperação química em Santa Catarina. A caldeira de recuperação é um equipamento responsável por queimar o licor negro, um subproduto gerado pelo cozimento de rejeitos da celulose. “Esse foi um marco para a empresa, que a coloca em um novo patamar de eficiência energética. A queima deste combustível gera dois benefícios principais: a recuperação de componentes químicos como a soda cáustica, muito utilizada na indústria de papel, e a geração própria de energia por meio do vapor de alta pressão resultante da combustão”, explica o diretor dos negócios papel e florestal da Irani, Henrique Zugman.
No Gaia I, a companhia também concluiu, entre maio e junho, a engenharia dos equipamentos do pátio de madeiras e a realocação da rede existente de alta tensão para a caldeira de recuperação. A Irani prevê um aumento na capacidade produção de celulose em 29% e incremento de 56% na geração própria de energia com a entrega de seu principal projeto de expansão operacional, o Gaia I.
Lucro alcançou R$ 228,7 milhões com reconhecimento de crédito de PIS e Cofins sobre aquisições de aparas