Integrasul, do Paraná, vence leilão de bloco de rodovias no RS

Consórcio terá de investir R$ 3,4 bilhões

O grupo é formado por duas empresas paranaenses: a Silva & Bertoli Empreendimentos, do grupo Neovia, e a Gregor Participações, da Greca Asfaltos

Em um leilão sem disputa nesta quarta-feira (13), o Consórcio Integrasul conquistou o Bloco 3 de rodovias do Rio Grande do Sul. O grupo é formado por duas empresas paranaenses: a Silva & Bertoli Empreendimentos, do grupo Neovia, e a Gregor Participações, da Greca Asfaltos. A Gregor fez parte do consórcio que venceu o leilão da BR-050 GO–MG (terceira etapa do programa de concessões federais). Essa foi a terceira tentativa do grupo paranaense de conquistar uma concessão rodoviária em solo gaúcho. A primeira foi no leilão da Rodovia de Integração do Sul (vencida pela CCR) e a segunda foi na licitação da RSC-287, que foi vencida pela espanhola Sacyr e o primeiro leilão de concessão rodoviária do Rio Grande do Sul, em dezembro de 2020.

O valor da proposta oferecida pelo consórcio teve deságio de 1,3%. Dessa forma, as tarifas de pedágio terão redução de preço em relação às publicadas no edital. Do total dos 271,5 quilômetros, 176,3 quilômetros serão duplicados ou terão terceiras faixas até o sétimo ano após a assinatura do contrato. De acordo com as regras da concessão, que terá validade por 30 anos, o consórcio terá de investir R$ 3,4 bilhões. O bloco de estradas soma 271,5 quilômetros. O trecho interliga Caxias do Sul à região metropolitana de Porto Alegre e a municípios do interior. Está prevista a duplicação de 116,4 quilômetros, além da construção de 59,9 quilômetros de terceiras faixas. “Estamos estudando outros blocos de rodovias do Rio Grande do Sul. Afirmar que participaremos dos próximos leilões ainda é prematuro. A região Centro-Oeste também está em nosso radar, tanto para concessão estadual, quanto federal”, revelou Ricardo Peres, diretor técnico da Silva & Bertoli. O governo gaúcho pretende lançar os editais para o leilão dos blocos 1 e 2 até, no máximo, o início do segundo semestre.

“A serra gaúcha tem um dos polos metalmecânicos mais importantes do país e é um polo turístico. Com essa iniciativa de hoje, estamos avançando também na questão da segurança viária. Estaremos poupando vidas no nosso trânsito”, disse o governador Ranolfo Vieira Junior. Uma das novidades do edital será a construção de 10 quilômetros de ciclovias, medida inédita nas concessões de rodovias feitas no país. Está prevista ainda a construção de mais 30 quilômetros de vias marginais que foram sugeridas pelos participantes durante as audiências públicas.

Além dos benefícios de melhoria na infraestrutura de acesso rodoviário, os municípios passarão a arrecadar Imposto sobre Serviços (ISS) referente às receitas obtidas pelas praças de pedágio (proporcional aos quilômetros da concessão). A estimativa de ISS a ser pago aos municípios envolvidos é de R$ 718 milhões. A EGR, que atualmente administra parte das rodovias, não contribui com o imposto.

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Consórcio terá de investir R$ 3,4 bilhões

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