Fed sinaliza alta dos juros em março para combater inflação

A inflação atingiu 7% em dezembro, o valor mais elevado desde 1982

Nesse mês acabará o programa de compras líquidas de ativos que o Fed lançou como estímulo monetário por causa da pandemia

O Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) anunciou nesta quarta-feira (26) que decidiu manter a taxa de juros inalterada entre 0% e 0,25%. Porém, os membros do comitê norte-americano afirmaram que poderão subir os juros em março. Caso isso aconteça, será a primeira alta desde dezembro de 2018. “Com a inflação bem acima dos 2% e um mercado de trabalho forte, o comitê espera que em breve seja apropriado aumentar o intervalo dos juros federais”, diz o comunicado.

Em dezembro, a taxa de inflação atingiu 7%, o valor mais elevado desde 1982. Ainda assim, ficou dentro do esperado pelos economistas, tendo existido algum receio de que fosse além do esperado. A previsão do Fed divulgada em dezembro para a taxa de inflação em 2022 é de 2,6%, mas poderá ser revista para cima.

Será na reunião de 15 e 16 de março que a equipe de economistas da Fed vai divulgar novas projeções econômicas, o que deverá dar mais informação ao Banco Central para tomar decisões sobre o rumo da política monetária. Nesse mês acabará o programa de compras líquidas de ativos que o Fed lançou como estímulo monetário por causa da pandemia.

No comunicado, o Fed ainda destaca que o rumo da economia dependerá da pandemia, argumentando que o progresso na vacinação e a redução da falta de insumos nas cadeias de abastecimento deverão levar a inflação para patamares mais baixos. De acordo com a ata, o Fed continua a relacionar os “níveis elevados de inflação” com os desequilíbrios entre a procura e a oferta relacionados com a reabertura da economia.

A inflação atingiu 7% em dezembro, o valor mais elevado desde 1982

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