Período foi marcado pela queda dos preços, principalmente dos grãos
Mesmo em um cenário com desafios, o primeiro semestre da Frísia Cooperativa Agroindustrial resultou em um faturamento líquido de R$ 3 bilhões, número um pouco acima (0,2%) do faturado em igual período do ano passado. O balanço foi realizado na sexta-feira (28) em Carambeí (PR), sede da cooperativa, em uma apresentação híbrida para os cooperados do Paraná e do Tocantins. Na ocasião, foi realizada uma explicação detalhada dos negócios, suas produções, comercializações e cenário produtivo para o restante do ano. A Frísia completa 98 anos nesta terça-feira (1). O presidente da Frísia, Renato Greidanus, destacou que alguns setores foram impactados neste primeiro semestre e lembrou dos juros mais altos no mercado, o que dificulta a obtenção de crédito pelos produtores. O superintendente da cooperativa, Mario Dykstra, detalhou os indicadores do período em todas as cadeias de negócios. Na bovinocultura de leite, até maio o preço por litro superior ao mesmo período de 2022, cenário que mudou somente em junho. Assim, a média de precificação ficou 12,6% acima em comparação ao período anterior. Somado a isso está a produção: os cooperados da Frísia tiveram uma média diária por produtor acima de 10% frente a 2022. Em volume total, o aumento foi superior a 6%.
Dykstra mostrou um cenário semelhante para a cadeia suinícola, com janeiro a maio deste ano apresentando um preço acima de 2022, mas com junho sendo invertido. A média de preços no semestre foi 2,4% acima que do período anterior. Entretanto, a produção entregue à unidade industrial de carnes, em Castro (PR), caiu 8,6%. Já o faturamento bruto contou com queda de 5,4% em relação a 2022. O maior impacto na queda dos preços foi na cadeia agrícola, tanto em culturas de verão como de inverno. A saca de soja, que em março de 2022 chegou a R$ 207, terminou junho deste ano em R$ 131. O mesmo com o milho, que em março de 2022 chegou a R$ 103 a saca e terminou junho de 2023 em R$ 55. Cevada e trigo também tiveram queda nos preços.
Nevair Mattos, gerente-executivo administrativo financeiro da Frísia, explicou que o setor lácteo teve uma precificação média maior este ano que o anterior, porém, no geral, foi impactado pela queda nos preços de grãos e insumos. “O primeiro semestre foi desafiador, e também teremos um segundo semestre dessa forma. Mas é importante destacarmos a capacidade de reação e resiliência da cooperativa em momentos desafiadores”, afirmou. A Frísia é a 51ª maior empresa da região e também a 19ª maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. No ranking exclusivo das cooperativas de produção, a Frísia ocupa a 10ª colocação. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.
Período foi marcado pela queda dos preços, principalmente dos grãos