Instituições financeiras participam de congresso sobre mercado de carbono no país
Os desafios e as oportunidades na implementação da economia verde no Brasil nortearam os painéis do primeiro dia do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes. O evento termina na sexta-feira (20). No painel sobre o setor financeiro e o fomento a projetos e ativos ambientais, moderada pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Gustavo Montezano, os participantes lembraram dos diferenciais do Brasil em relação a outros países quando se fala em sustentabilidade.
A presidente do banco UBS, Sylvia Coutinho, ressaltou que “a energia brasileira é a mais limpa do planeta” e chamou a atenção para a “precificação” desse diferencial. Segundo ela, é possível agregar essa energia ao produto brasileiro a um preço muito baixo. “Lá fora a questão toda é reflorestamento, aqui é manutenção”, disse o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro. O presidente do Banco do Brasil lembrou que agricultores brasileiros são peças-chave na preservação ambiental e que, por isso, precisam ter uma espécie de incentivo ou compensação. Para isso, o banco criou a CPR-Preservação, modalidade de crédito em que o produtor monetiza a área preservada em sua propriedade. Por exemplo: se ele precisa preservar 20% da propriedade, mas o faz em 30%, ele pode monetizar os 10% extras que está preservando.
Tanto Ribeiro quanto o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, chamaram atenção para a necessidade de incentivar os investidores a participar desses projetos. Atualmente cerca de 22% da carteira de crédito dos bancos se destina a segmentos da economia verde, o que totaliza cerca de R$ 400 bilhões.
Com Agência Brasil
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