Desempenho industrial do RS cresce 12,8% e bate recorde

Resultado é o melhor em três décadas

Alta mais do que compensou a redução de 2020, superando em 7,4% o nível de atividade de 2019

O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI/RS), medido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), encerrou o ano com crescimento de 12,8% ante 2020, a maior taxa em 30 anos. O recorde se deve à base deprimida do ano passado, quando o índice atingiu pisos históricos por conta da primeira onda da Covid-19. A alta, porém, mais do que compensou a redução de 2020 (-4,8%), superando em 7,4% o nível de atividade de 2019.

“Além da base deprimida, o resultado refletiu o retorno das atividades econômicas, sobretudo, o dinamismo dos setores industriais ligados ao agronegócio e das exportações”, relata o presidente da entidade, Gilberto Petry.O industrial lembra que apesar do desempenho positivo, não faltaram obstáculos para o setor em 2021, principalmente na cadeia de abastecimento. “Além da pandemia, o cenário contou com desvalorização e volatilidade da taxa de câmbio, aumentos nos preços da energia e dos combustíveis e alta dos juros e da inflação”, ressalta.

Em dezembro em relação a novembro, o IDI/RS cresceu 0,5% com ajuste sazonal, repercutindo o desempenho do faturamento real (+1,1%) e das horas trabalhadas na produção (+1,5%). Foi a sétima alta seguida, que levou o nível de atividade ao maior patamar desde novembro de 2014, 10,2% acima do pré-pandemia (fevereiro de 2020). Ainda nessa métrica, o emprego e a UCI (com grau médio de 83,4%) ficaram estáveis, enquanto a massa salarial real caiu 0,4%.

Para este ano, a tendência é de desaceleração. A perspectiva é de um avanço da atividade industrial de 1,7%. Para crescer mais, o setor precisará ganhar força. As expectativas dos empresários são favoráveis: há confiança e intenção de investir. A reabertura econômica tende a se completar e a demanda externa deve continuar ajudando. O presidente da Fiergs destaca, porém, que os fatores restritivos de 2021 continuam no radar, sobretudo, os gargalos na cadeia de suprimentos. “A forte estiagem que estamos passando, os casos de Covid-19 e a eleição polarizada também trazem incertezas para o cenário econômico”, completa Petry.

Resultado é o melhor em três décadas

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