Ambiente foi instalado no Bloco Amarelo, o mais antigo da PUCPR
Imagine ter em um único lugar as mais avançadas tecnologias digitais – experiências de realidades aumentada e digital, impressoras 3D, cenário virtual, equipamentos de robótica –para promover a inovação e fomentar o aprendizado. Esse lugar já existe e está em Curitiba: é o primeiro centro de realidade estendida, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Este é o primeiro centro criado nesse formato em uma universidade do Brasil e será inaugurado em 5 de junho. O centro de realidade estendida, instalado no Bloco Amarelo do Campus Curitiba, o mais antigo da instituição, e em parte da Digital Arena, conta com os equipamentos da mais recente tecnologia e se destaca por experiências imersivas desenvolvidas por equipes multidisciplinares dentro da própria universidade.
Este novo ambiente visa aproximar a comunidade acadêmica das novas tecnologias educacionais e promover aprendizados experienciais, explica o pró-reitor de desenvolvimento educacional da PUCPR, Ericson Sávio Falabretti. “A partir desse espaço, propomos situações que desafiam nossos estudantes, geram memórias, sensações em uma experiência de aprendizagem que colabora na resolução de problemas e em demandas da sociedade, muito além de apenas oferecer novos equipamentos”, apontou Falabretti. Dentro do centro está um estúdio de captação de movimento em 3D no mesmo molde dos utilizados em produções hollywoodianas na produção de filmes e jogos eletrônicos. Com câmeras de vídeo dispostas em 360 graus captam os movimentos de atores, para a criação, de computação gráfica, de personagens animados, na mesma tecnologia usada no filme Avatar.
O curso de medicina já experimenta uma imersão com personagens virtuais, na simulação de entrevistas a pacientes: ao vestir os óculos de realidade aumentada os estudantes entrevistam pacientes virtuais em tempo real, interpretados por um ator, que é visto com aparência e voz diferente a cada interação. “Temos tudo para tornar a cidade um novo polo cinematográfico”, contou o coordenador do projeto do centro de realidade estendida, Edson José Rodrigues Justino. Os acadêmicos de história terão um filme imersivo sobre o Cerco da Lapa criado neste estúdio, que também terá cenário virtual, com paineis de led, usado como um avanço à técnica do chromakey (a tela de fundo verde).
A técnica de digital twins, que replica um objeto físico no mundo virtual para experimentação, está sendo aplicada no curso de Engenharia Elétrica para que os acadêmicos treinem o uso instrumentos de medição nas aulas práticas, com a replicação de osciloscópios e multimetros. Com o equipamento real em mãos, o estudante veste os óculos de realidade virtual, sobrepondo o digital twin ao real, em uma imersão em que, ao manipular a ferramenta, as instruções de uso são exibidas enquanto manuseia o equipamento. Justino explica que o centro criar soluções tecnológicas para os problemas de aprendizado acadêmicos atuais e que há poucos como este no mundo. “Tem algo similar em Helsinque [Finlândia]. É uma realização desafiadora criamos esse espaço. Queremos que todos nossos cursos tenham ao menos uma experiência realizada aqui”, contou.
Na educação física, um game de realidade virtual desafia os estudantes a indicar os movimentos corretos em um ambiente de academia; na agronomia e biologia, a realidade virtual em 3D aumentou o tamanho dos insetos para que os acadêmicos estudem os pequenos animais em escala ampliada; no direito, imersões em cenário de crimes; em exatas um game sobre funções matemáticas. O centro conta ainda com um auditório imersivo, um Workspace, um laboratório de impressão em 3D; duas salas Hands On (mão na massa); uma sala circular para projeções em 360°, salas de apoio e um hall com um café. A PUCPR iniciou as experiências em realidade virtual em 2003, com as mesas de anatomia. Em 2013, inaugurou a Arena Digital, primeiro espaço digital com tecnologia 4D Full Dome da América Latina.
Ambiente foi instalado no Bloco Amarelo, o mais antigo da PUCPR