Houve recomposição do otimismo perdido no último trimestre
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), subiu em 19 dos 29 setores da indústria, em abril na comparação com março de 2022. O ICEI permanece acima de 50 pontos, mesmo nos dez setores em que o indicador foi menor do que no mês anterior. O índice varia de 0 a 100 pontos e valores acima de 50 indicam confiança e abaixo disso falta de confiança. Foram entrevistadas 2.229 empresas, sendo 887 de pequeno porte, 830 de médio porte e 512 de grande porte entre 1° e 11 de abril.
O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que houve uma recomposição da confiança perdida no último trimestre, o que pode ser explicado por uma reavaliação dos riscos do início do ano. “A alta no mês foi significativa em alguns setores, mas não estamos falando de um otimismo desmedido. Possivelmente há uma reavaliação dos riscos e incertezas trazidos pela nova onda de covid no início do ano, assim como pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Isso trouxe algum alívio para as expectativas em abril. Mas os problemas na economia, como inflação, juros e tributação complexa seguem presentes e impedem que o otimismo deslanche”, explica Azevedo.
Os setores com os maiores aumentos da confiança foram em: produtos de borracha, cujo indicador passou de 53,7 para 59,3 pontos; produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal, o ICEI subiu de 53,4 para 58,8 pontos; e metalurgia, com aumento de 53,8 pontos em março para 58,3 em abril. “Quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança”, explica o economista.
Entre os setores com maiores queda estão: calçados e suas partes, o índice passou de 58,8 pontos em março para 55,1 pontos em abril; produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) registrou 54,3 pontos ante 56,5 pontos. e impressão e reprodução de gravações caiu de 57,9 pontos para 55,8 pontos. Mesmo com a queda, esses setores seguem acima e distantes dos 50 pontos e, portanto, confiantes em suas empresas e na economia, no momento atual e nos próximos seis meses.
Confira, a seguir, os setores mais confiantes e os menos confiantes.
Houve recomposição do otimismo perdido no último trimestre