Celesc apresenta projetos de ampliação de potência instalada

Planos estão em consonância com relatos de aumento de demanda apresentados pela indústria catarinense

Demanda de energia elétrica em Santa Catarina cresce em todo o estado

A Celesc prevê encerrar 2022 com investimentos da ordem de R$ 1,12 bilhão, os quais devem adicionar 847,24 MWA (megawatts médios) a sua potência instalada. Ao apresentar detalhes desses investimentos, durante a reunião híbrida da Câmara de Energia da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), na terça (6), executivos da estatal explicaram que a definição das prioridades obedeceu a estudos de projeção de demandas feitos pela companhia e que se mostraram alinhados à pesquisa feita com o setor industrial, em parceria com a FIESC.

Conforme o gerente do departamento de engenharia e planejamento do sistema elétrico da Celesc, André Leonardo Konig, o volume de investimentos deste ano é o maior da história da companhia. Segundo ele, o aumento da potência instalada será alcançado com a implantação de 16 subestações e da ampliação de outras 15. Além disso, estão sendo instalados 295,4 quilômetros de linhas de transmissão. As regiões norte (estimulada pelo setor industrial) e da Grande Florianópolis (na qual a maior representatividade é dos segmentos residencial e comercial), são as que recebem maior investimento, com aumento da potência instalada, respectivamente, de 283,8 MWA e de 133,3 MWA. Conforme Konig, das dez maiores taxas de crescimento projetadas por subestação, oito estão na região Norte e duas na Grande Florianópolis. De acordo com o diretor de distribuição, Marcos Gianesini, a carga instalada nas subestações da Celesc é de 8 GW.

“Os investimentos feitos em todas as regiões do estado são bastante aderentes com as informações colhidas na pesquisa feita com a FIESC”, explicou Konig. Ele se referiu à consulta realizada para identificar projeções de elevação do consumo de energia pelo setor industrial em todo o estado. Para o presidente da Câmara de Energia da FIESC, Otmar Josef Müller, a realização da consulta ajuda a tornar mais efetiva a participação da sociedade no planejamento da concessionária. “Além disso, a pesquisa ajudou a identificar situações específicas e críticas”, ressalta. Veja, a seguir, os investimentos previstos por região de Santa Catarina.

Redução do preço do gás natural
Também na reunião da Câmara de Energia da Fiesc, a SCGás anunciou sua projeção de redução em cerca de 20% da tarifa do insumo até julho de 2022, caindo de R$ 3,62 para cerca de R$ 2,93 por metro cúbico. O presidente da concessionária, Willian Anderson Lehmkuhl, destacou que o preço do gás natural em Santa Catarina deve ganhar competitividade, visto que fornecedores de outros estados estão renegociando contratos. “As diferenças de preços de tarifas estão associadas ao calendário de renovação dos contratos de fornecimento em cada estado”, disse. “Os preços das tarifas do gás natural em todo o planeta estão associados à transição energética”, destacou Lehmkuhl.

Transição energética
O presidente da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiesc, José Lourival Magri, explicou o processo de transição energética que vem se desenvolvendo em todo o planeta, estimulado pela necessidade da redução dos gases do efeito estufa (GEE). Ele salientou a jornada ESG (gestão, sustentabilidade e social) como o desafio atual do setor empresarial. “Não se fala de ESG sem falar em mudança climática”, destacou. “Temos hoje, em âmbito mundial, a emissão anual de 51 bilhões de toneladas de GEE; a eletricidade é responsável por 26% desta emissão”, acrescentou.

O tema foi tratado também pelo gerente de regulação e comercialização da Diamante Energia, detentora do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (movida a carvão mineral), em Capivari de Baixo, e de uma outra usina termelétrica a gás natural, em Garuva. Ele citou que a empresa tem o compromisso de construir o modelo de transição energética. Segundo ele, esse compromisso está estabelecido em diversas frentes, que incluem o zelo para evitar passivos ambientais; a extensão da vida útil do Complexo Jorge Lacerda por 15 anos, por meio de um contrato de energia de reserva, e a constituição de um polo tecnológico de transição energética, com aplicação de recursos de pesquisa e desenvolvimento.

Planos estão em consonância com relatos de aumento de demanda apresentados pela indústria catarinense

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