Com o lançamento do Secundus, gestora catarinense passa a investir em todo ciclo empreendedor de empresas
A Catarina Capital, gestora catarinense especializada em investimentos em tecnologia, lançou o fundo inédito de venture capital Secundus, que vai fomentar a liquidez ao mercado secundário de participações empresas de tecnologia na América Latina, um mercado já desenvolvido nos Estados Unidos, porém praticamente inexistente na região. O foco será em companhias em estágio mais maduro de desenvolvimento, incluindo unicórnios, mas que ainda não realizaram a abertura de capital em bolsa.
O novo fundo passa a atuar em toda a América Latina, adquirindo ações de startups diretamente de seus acionistas, que podem incluir executivos que aderiram a programas de stock options, pequenas participações de sócios-fundadores, aceleradoras, investidores-anjos e fundos de investimentos que entraram em estágios iniciais e buscam liquidez. Com as operações, o objetivo da Catarina Capital é oferecer impulso para essas startups, que já se encontram em jornada crescente e consolidada de atividade, crescerem e desenvolverem as condições para o IPO.
Quem lidera a iniciativa é José Augusto Albino, empreendedor com larga experiência com mais de 15 anos de trajetória em Venture Capital no Brasil e ex-sócio da CRP, uma das pioneiras da indústria no país. Albino, que é um dos fundadores da Catarina Capital, detalha os diferenciais do novo produto. “Nosso trabalho é identificar e equacionar todas as dificuldades encontradas pelas startups, como obstáculos societários e estruturais que estejam impedindo a evolução da empresa. Trata-se de uma excelente oportunidade para investidores aportarem em empresas representativas antes do IPO e terem alto lucro com o desinvestimento após a entrada na Bolsa, em um ciclo de menos de cinco anos, menor do que os tradicionais de entre sete a dez anos previstos pelo mercado”, avalia.
A captação inicial do fundo para investimentos é de US$ 50 milhões e a meta é chegar a US$ 100 milhões até o final de 2023. A gestora espera ter entre 15 a 20 companhias investidas, com desembolsos médios para cada operação de US$ 5 milhões. Neste primeiro momento, o Secundus terá como foco investidores internacionais e alguns investidores de maior porte brasileiros, como institucionais e Family offices, uma vez que o investimento mínimo é de US$ 1 milhão. Para a etapa final de captação, a gestora estuda com parceiros uma maneira de viabilizar a oferta para o varejo.
“Se tratam de startups maduras, com negócios comprovados portanto de menor risco e muito mais perto do IPO ou evento de liquidez. O fundo é uma oportunidade excelente para investidores capturarem negócios nas empresas de tecnologias mais desejadas do mercado, sem precisar competir com grandes nomes como Softbank e Tiger”, argumenta a o executivo.
Com o lançamento do Secundus, gestora catarinense passa a investir em todo ciclo empreendedor de empresas