Brasileiro gasta quase R$ 300 por mês em canais de streaming

Empresa curitibana criou um portal para que as pessoas possam economizar segundo seu perfil de espectador

O mercado atual oferece mais de 500 mil títulos disponíveis sob demanda e a cada dia surgem mais serviços de streamings

Foi-se o tempo em que o consumidor podia contratar os principais serviços de streaming por menos de R$ 100. Antes da pandemia, o brasileiro desembolsava R$ 77,70 por mês para ter acesso aos serviços Netflix, Amazon Prime Video e Globoplay. Em 2022, o gasto mensal para esses mesmos serviços já chega a R$ 95,70, um aumento de 23,2%.

De lá para cá, outras empresas surgiram e tomaram espaço. Caso o telespectador queira ficar por dentro de todas as novidades do mercado de vídeo, ele deverá assinar outros serviços, como Disney+, HBO Max, Telecine, Apple TV+, Star+, Starz Plus Paramount+. Para todos esses serviços, o valor seria de R$ 268 por mês, mas essa conta deve aumentar com os reajustes anuais. De acordo com um levantamento da BB Media, consultoria do mercado de mídias, são 62 plataformas de streaming apenas no Brasil. Na América Latina, são mais 650, reunindo 150 mil títulos entre filmes, séries e programas.

“Se antes a TV a cabo oferecia o melhor cardápio para entretenimento, hoje os streamings ocupam esse lugar, só que de forma mais intensa. Assim como no modelo a cabo, as pessoas não conseguem assistir a tudo de uma vez, nem visualizar de forma clara o que cada um desses serviços tem a oferecer. Isso acaba fazendo com que elas assinem vários serviços de uma vez, sem parar para analisar o perfil de cada uma dessas empresas e qual delas tem o perfil adequado para aquele cliente”, diz Mariane Weigert, superintendente de produto e marketing da Use Mais. A empresa curitibana desenvolveu o portal Assista Mais, que mostra ao público brasileiro onde assistir cada produção, sem que o usuário precise navegar em diversas telas.

Além do aumento no número de empresas, há uma constante alta nos preços dos principais serviços de streaming, como Netflix e Amazon. Em 2011, quando a Netflix estreou no Brasil, a assinatura mensal custava R$ 14,90. Desde então a empresa criou diferentes planos, que agora partem de R$ 25,90 e chegam a R$ 55,90. Considerando o pacote mais básico, o aumento acumulado é de 73,8%. No mesmo período, a variação do IPCA foi de 90,26%. Se tivesse acompanhado a inflação, o serviço custaria hoje R$ 28,35.

De acordo com Mariane, o mercado atual oferece mais de 500 mil títulos disponíveis sob demanda e a cada dia surgem mais serviços de streamings. “A ideia do portal é ser um guia para que as pessoas saibam onde cada produção está, quais serviços combinam melhor com o perfil de cada um e o que vai valer a pena dentro do orçamento de cada família. O objetivo é que o público tenha acesso totalmente gratuito e com todas as informações necessárias sobre os filmes e séries que estão disponíveis nos catálogos dos serviços, como Amazon Prime Video, Disney +, Star+, HBO Max, Globoplay, entre outros”, diz.

Empresa curitibana criou um portal para que as pessoas possam economizar segundo seu perfil de espectador

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