Balança comercial do Sul fecha 2021 com déficit

Região foi responsável por 18,1% das exportações e por 24,4% das importações no ano

Paraná e Rio Grande do Sul tiveram superávit, enquanto Santa Catarina ficou no vermelho

A balança comercial do Sul encerrou 2021 com um déficit de US$ 3,1 bilhões. Um ano antes a região obtinha um superávit de US$ 4,6 bilhões. No período, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul exportaram US$ 50,4 bilhões e importaram R$ 58 bilhões. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), vinculado ao Ministério da Economia, e compilados pelo Portal AMANHÃ.

Nos números por estado, o Rio Grande do Sul fechou o acumulado anual com saldo positivo de US$ 9,3 bilhões, enquanto o Paraná teve superávit de US$ 2 bilhões. Já Santa Catarina acumulou déficit (confira os números detalhados na tabela abaixo). Porém, os catarinenses têm uma peculiaridade: o estado é porto de entrada de produtos importados que, depois, são distribuídos para outras regiões do Brasil. Segundo cálculos da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), cada contêiner, independentemente do que carregue, deixa US$ 1200 (cerca de R$ 7 mil) na economia do estado. O Sul foi responsável por 18,1% das exportações e por 24,4% das importações entre janeiro e outubro.

Os principais produtos da pauta exportadora do Sul no período foram soja, inclusive farelo, carnes de aves e de porco, além de geradores elétricos. No sentido inverso, a região importou cobre, combustíveis, têxteis, adubos e peças para veículos.

Metodologia
Em abril de 2021, o Ministério da Economia mudou o cálculo da balança comercial. Entre as principais alterações, estão a exclusão de exportações e importações fictas de plataformas de petróleo. Nessas operações, plataformas de petróleo que jamais saíram do país eram contabilizadas como exportação, ao serem registradas em subsidiárias da Petrobras no exterior, e como importação, ao serem registradas no Brasil.

Outras mudanças foram a inclusão, nas importações, da energia elétrica produzida pela usina de Itaipu e comprada do Paraguai, num total de US$ 1,5 bilhão por ano, e das compras feitas pelo programa Recof, que concede isenção tributária a importações usadas para produção de bens que serão exportados. Toda a série histórica a partir de 1989 foi revisada com a nova metodologia.

Região foi responsável por 18,1% das exportações e por 24,4% das importações no ano

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