Avaliação Nacional de Vinhos anuncia mudanças

Regulamento passa a abarcar inscrição de amostras de todas as regiões produtoras do Brasil

Entre as alterações mais significativas está o acréscimo de uma para duas amostras na categoria de vinho tinto jovem, inserindo um grupo específico para Pinot Noir

Desde que foi lançada, em 1993, a Avaliação Nacional de Vinhos (ANV) cruzou safras, acompanhando a evolução do vinho brasileiro. Para isso, alterações no regulamento da maior degustação de vinhos de uma safra do mundo sempre foram necessárias. Nesta quarta-feira (31) a Associação Brasileira de Enologia (ABE) anunciou modificações para a 31ª edição da ANV. As alterações mais significativas são a redução de três para duas amostras na categoria vinho base para espumante; o acréscimo de uma para duas na de vinho tinto jovem, inserindo um grupo específico para Pinot Noir; e a ampliação da possibilidade de inscrição de vinho de colheita de inverno [de julho de 2022 a junho de 2023] em todas as categorias.

Sobre a redução de amostras para vinho base para espumante e o acréscimo na categoria vinho tinto jovem, a ABE explica que tem ocorrido, ao longo dos anos, uma leve redução e estabilidade de amostras de base para espumantes e, concomitantemente, um significativo incremento de amostras inscritas de vinho tinto jovem. Também ficou estabelecido que haverá uma prerrogativa para que a Pinot Noir represente uma das duas amostras em vinho tinto jovem. Desde o ano passado a organização da ANV permitiu que vinhos elaborados no ano anterior participassem. Naquela primeira experiência, somente vinhos tintos vinificados em regiões diferentes da região Sul do Brasil poderiam ser inscritos, desde que vinificados no segundo semestre do ano anterior. A partir de agora essa possibilidade valerá para todas as categorias, já que a atual safra ocorrerá até junho. Desse modo, todas as regiões produtoras do Brasil poderão estar representadas.

“A Avaliação Nacional de Vinhos é o espelho do setor vitivinícola brasileiro. Nela, é possível perceber as mutações do setor. Assim foi quando inserimos o vinho base para espumante e o vinho rosé e assim seguiremos sempre respeitando o mercado”, destaca o presidente da ABE, o enólogo Ricardo Morari. Segundo ele, o surgimento de novas regiões produtoras no país tornou a ANV ainda mais abrangente. “Este é o nosso objetivo: avaliar a produção nacional em todos os seus terroirs”, justifica.

Regulamento passa a abarcar inscrição de amostras de todas as regiões produtoras do Brasil

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