A BRF busca na ciência soluções para o mercado

Companhia catarinense quer se consolidar como uma das líderes do setor de alimentos no mundo dentro de oito anos

“Buscamos oportunidades que permitam a troca de conhecimento entre a academia e o setor privado, ciência e mercado”, conta Sergio Pinto, diretor de inovação da BRF

A catarinense BRF quer se consolidar como uma das líderes do setor de alimentos no mundo dentro de oito anos. Para isso, elegeu a inovação como o principal pilar para imprimir velocidade ao que chamou de Visão 2030. A empresa diagnosticou que há demanda crescente dos consumidores por uma maior variedade de proteínas alternativas e, agora, pretende oferecer ao mercado os “substitutos de carne”. Um marco determinante para esse plano foi a parceria firmada em março de 2021 com a Aleph Farms, startup israelense que desenvolve proteínas em laboratório a partir das células animais.

“O acordo visa ao desenvolvimento e à produção de carnes cultivadas usando a produção patenteada da Aleph Farms e a distribuição de proteínas cultivadas pela startup com exclusividade no Brasil”, explica Sergio Pinto, diretor de inovação da dona das marcas Sadia e Perdigão. Em julho do ano passado, a companhia aportou US$ 2,5 milhões na segunda rodada internacional de investimento da startup. Com isso, a meta é chegar a 10% das vendas de produtos inovadores até 2023. Atualmente, esse nível está em torno de 5%.

Os times de P&D e Inovação da BRF se dedicaram a estudar novos interesses, preferências e hábitos da população, ajudando a desenvolver novos produtos. Outra tendência identificada foi o mercado de proteínas com produtos plant-based. As proteínas vegetais são alternativas feitas à base de plantas, utilizando grãos com altos níveis proteicos como ervilha, milho e feijão carioca, uma exclusividade da BRF. Para oferecer novas opções para os consumidores, a empresa lançou a linha plant-based Veg&Tal, que já possui em seu portfólio hambúrgueres, almôndegas, kibes, nuggets, carne moída, frango em cubos, em tiras e desfiado, entre outros produtos.

Uma das iniciativas da empresa é o BrfHub, programa de relacionamento da BRF com o ecossistema de inovação aberta no Brasil e no exterior, com o objetivo de estimular parcerias que criem inteligência e agilidade na geração de novos negócios e soluções competitivas para a companhia. “Além de nos conectar com startups, queremos nos aproximar de pesquisadores com perfil empreendedor, sejam eles de universidades ou instituições de pesquisa. Buscamos oportunidades que permitam a troca de conhecimento entre a academia e o setor privado, ciência e mercado”, detalha Pinto.

A empresa também promove a colaboração criativa por meio de projetos como o Olheiros de Inovação BRF, que busca mobilizar a base de colaboradores para proposição de iniciativas transformadoras dentro ou fora de sua área de atuação, sugestão de serviços e de tecnologias para gerar impacto positivo na operação. São quatro meses em que a companhia catarinense faz com que todos coloquem o foco na inovação, buscando atender as múltiplas necessidades do mercado e demandas do consumidor.

Esse conteúdo integra a edição 340 da revista AMANHÃ, publicação do Grupo AMANHÃ, que trouxe os resultados da 18ª edição do ranking Campeãs da Inovação. Clique aqui para acessar a publicação on-line, mediante pequeno cadastro.

Companhia catarinense quer se consolidar como uma das líderes do setor de alimentos no mundo dentro de oito anos

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