Volume de serviços volta a crescer em março

Índice registrou expansão de 0,4%

Setor de informação e comunicação teve a maior alta desde janeiro de 2017 e chegou ao patamar recorde da série

O volume de serviços prestados no país voltou a avançar em março, registrando uma expansão de 0,4%, após ter recuado 0,9% em fevereiro. O patamar ficou 12,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 1,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica (alcançado em dezembro de 2022). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE. Já no indicador acumulado para o primeiro trimestre de 2024, frente a igual período de 2023, o setor fechou com crescimento de 1,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão é de 1,4%. Das cinco atividades de divulgação investigadas, quatro apresentaram avanço. O principal destaque foi para o setor de informação e comunicação, que cresceu 4% em março, eliminando a perda de 2,5% registrada em fevereiro. Foi o crescimento mais intenso para essa atividade desde janeiro de 2017, quando registrou alta de 8,2%. O setor também alcançou, em março de 2024, o patamar mais alto da série histórica.

“Essa expansão é explicada pelas altas de um conjunto de serviços investigados dentro de serviços de tecnologia da informação, tais como: desenvolvimento e licenciamento de software; portais, provedor de conteúdo e ferramenta de busca da internet; e consultoria em TI”, enumera Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa. “São tipos de serviços que têm um mercado muito dinâmico, que envolve muita inovação, principalmente depois da pandemia, quando acelerou a informatização de muitos empresas e serviços”, complementa. Também o segmento de receita de empresas de TV aberta ajudou na alta dessa atividade. Outra atividade com importante avanço em março foi a de profissionais, administrativos e complementares, que com a alta de 3,8%, se recupera da queda de 2,1% no mês anterior. “Os destaques são os serviços de engenharia; os de administração de programas de fidelidade e de cartões de desconto; assim como a intermediação de negócios por meio de aplicativos, sendo os dois últimos ramos em franca expansão no pós-pandemia”, explica o pesquisador. “O que se observa nos últimos meses, é que, em geral, os serviços voltados às empresas são mais dinâmicos. Assim, estão ditando o ritmo do setor de serviços, mais do que os serviços voltados às famílias”, afirma Lobo.

Também registraram crescimento em março as atividades de transportes (0,3%) e serviços prestados às famílias (0,6%). Na análise regional, 13 dos 27 estados tiveram alta no volume de serviços na passagem de fevereiro para março. O impacto positivo mais importante veio de São Paulo (1,1%), seguido por Rio de Janeiro (1,1%), Minas Gerais (1,2%) e Espírito Santo (5,1%). Em contrapartida, Rio Grande do Sul (-3,6%), seguido por Mato Grosso (-7,6%), Distrito Federal (-4%) e Mato Grosso do Sul (-9,7%) exerceram as principais influências negativas.

Índice registrou expansão de 0,4%

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