A CNM calcula que o fenômeno já causou perdas de R$ 99,8 milhões somente no setor privado
As tempestades ocorridas no Rio Grande do Sul já causaram prejuízos financeiros de mais de R$ 275,3 milhões, além de mortes, desaparecidos, desalojados e desabrigados. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) calcula que o fenômeno já causou perdas de R$ 59,9 milhões no setor público e de R$ 99,8 milhões no setor privado. Só na parte habitacional, os prejuízos superam R$ 115,6 milhões, com 10.193 casas danificadas e ou destruídas. Até esta sexta-feira (3) as chuvas intensas causaram danos em 235 municípios gaúchos, e 86 deles já formalizaram decretos de situação de emergência junto a secretaria nacional de proteção e defesa civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (Sedec). De 29 de abril até agora, as perdas na agricultura somaram R$ 71,4 milhões. Os demais setores afetados foram a indústria, (com prejuízos de R$ 11,2 milhões), a pecuária (perda de R$ 9,3 milhões) e comércios locais (com impacto de R$ 5,3 milhões).
O levantamento da CNM também aponta prejuízos superiores a R$ 2,6 milhões de outros serviços. Considerada como o pior desastre da história do Rio Grande do Sul, a tempestade derrubou pontes, destruiu calçamentos e deixou 19 barragens em estado de atenção. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, voltou a reclamar da falta de recursos para prevenção. “Não há apoio para prevenção nem investimentos, e os municípios estão praticamente sozinhos, na ponta”, destaca. De acordo com o levantamento da CNM, entre 2013 e 2023, mais de 6.322 decretações de anormalidades foram decretadas, no Brasil, e prejuízos de mais de R$ 105,4 bilhões.
A CNM calcula que o fenômeno já causou perdas de R$ 99,8 milhões somente no setor privado