Produção industrial gaúcha avança 2,7% em outubro

Crescimento se dá pelo bom desempenho dos setores de veículos

No acumulado do ano, houve alta em dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (13,8%) e Paraná (11,2%)

A produção industrial registrou queda em cinco dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), na passagem de setembro para outubro. Os principais recuos foram no Santa Catarina (-4,7%), Pará (-4,2%) e Minas Gerais (-3,9). São Paulo (-3,1%) e Espírito Santo (-1,0%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos. Já Nordeste (5,1%), Mato Grosso (4,8%) e Ceará (4,1%) tiveram as expansões mais elevadas.Os resultados da PIM Regional foram divulgados pelo IBGE.

“A queda de 0,6% na indústria nacional e os resultados negativos nesses cinco locais se dá devido à conjuntura atual. Pelo lado da produção, temos o encarecimento dos custos de produção; desabastecimento de insumos e de matérias-primas, além de um cenário de incertezas que dificultam as tomadas de decisões por parte dos produtores. Do lado da demanda, temos inflação alta e acelerada, desemprego em patamar elevado e isso tudo diminui o poder de compra e o consumo das famílias, o que impacta diretamente a cadeia produtiva”, analisa Bernardo Almeida, analista da pesquisa.

De todos os estados, a maior influência veio de São Paulo, que responde por cerca de 34% da produção industrial do país. A queda de 3,1% frente a setembro foi puxada pelo baixo desempenho do setor de alimentos, com uma influência negativa da entressafra e de efeitos climáticos negativos sobre o processamento da cana de açúcar; e em segundo lugar pelo setor de máquinas e equipamentos.

No campo positivo, na passagem de setembro para outubro, Rio Grande do Sul foi a principal influência, com crescimento de 2,7%. Esse crescimento se dá pelo bom desempenho dos setores de veículos e de outros produtos químicos. Bahia é a segunda principal influência positiva também com alta de 2,7%, a segunda taxa positiva consecutiva. O crescimento sofre influência positiva dos setores de derivados de petróleo e de outros produtos químicos.

No acumulado do ano, houve alta em dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (13,8%), Minas Gerais (12,0%) e Paraná (11,2%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, dez dos 15 locais pesquisados também assinalaram taxas positivas em outubro de 2021. “Os dois indicadores têm ainda a maior parte dos resultados positivos, porque acumulam resultados que foram significativos no primeiro semestre de 2021”, explica Almeida.

Na comparação com outubro do ano passado, as quedas mais intensas ocorreram no Pará (-14,2%), Santa Catarina (-12,5%), São Paulo (-12,3%) e Amazonas (-11,9%). Santa Catarina foi afetada por quedas nos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, confecção de artigos do vestuário e acessórios e produtos alimentícios. São Paulo recuou devido à queda nos setores de produtos alimentícios, veículos automotores, reboques e carrocerias, e produtos farmoquímicos e farmacêutico; e Amazonas, por recuo na produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, e bebidas.

Também houve quedas na Bahia (-10,3%), Ceará (-9,8%) e Região Nordeste (-9,0%), com taxas mais intensas que a média nacional (-7,8%), enquanto Pernambuco (-6,9%), Goiás (-6,6%), Mato Grosso (-5,3%), Paraná (-4,9%), Minas Gerais (-4,5%) e Rio Grande do Sul (-2,2%) completaram o conjunto de locais com índices negativos nesse mês. Já Rio de Janeiro (6,6%) e Espírito Santo (6,1%) apontaram os avanços em outubro de 2021.

Mais sobre a pesquisa
A Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e região Nordeste.

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Crescimento se dá pelo bom desempenho dos setores de veículos

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