Precisar, não precisa

De tempos em tempos a internet lança novas redes sociais, mas, antes de criar um novo perfil para a marca corporativa, é preciso saber se realmente vale a pena

É melhor estar presente em poucas redes sociais e fazer um bom trabalho do que estar em muitas e não ser notada

O Lapse deseja se tornar a rede social deste ano. O aplicativo incentiva as pessoas a tirarem fotos como faziam nos tempos analógicos, quando as câmeras descartáveis eram populares. Todas as imagens postadas devem ser tiradas no app e não podem ser alteradas de forma alguma. Não há contagem de curtidas visíveis, mas os amigos podem reagir com emojis. Para especialistas em branding, antes de criar um novo perfil para a marca corporativa, é preciso saber se realmente vale a pena ingressar em mais um canal de comunicação. “A marca deve avaliar se seu target utiliza determinada rede social e se seu próprio posicionamento é compatível com a linguagem daquela rede”, sintetiza André D´Ângelo, titular do blog Sr. Consumidor, do portal AMANHÃ. Pode ocorrer, por exemplo, que a movimentação de certos players seja bastante irregular nas redes sociais para uma empresa B2B. Ou seja, estar no Instagram até pode fazer sentido para as pessoas comuns, mas para algumas empresas, a linguagem visual dessa rede nem sempre é a mais adequada. “Daí a necessidade de haver uma âncora, como o site, e utilizar as redes para finalidades específicas ou complementação da mensagem”, sugere André.

Outro ponto importante que deve ser levado em consideração são os recursos que terão de ser alocados, como tempo, equipe e orçamento para criar e gerenciar conteúdo para cada plataforma. “O gestor deve estar atento às novas tendências e avaliar se há potencial, mas também entendendo a hora de entrar e até mesmo a hora de sair, afinal, o comportamento do público nas redes sociais pode mudar rapidamente”, ensina Raphael Lazzarotto, diretor de operações da Engaje. “É melhor estar presente em poucas redes sociais e fazer um bom trabalho do que estar em muitas e não ser notada”, completa. Grifes como Nike e Adidas são ativas em plataformas mais visuais como Instagram, destacando-se pela promoção de estilo de vida associado aos seus produtos. Por outro lado, empresas B2B, como a IBM, têm presença no LinkedIn, focando em conteúdo corporativo. “Portanto, a escolha deve considerar o perfil demográfico, o comportamento online e objetivos específicos da marca, adaptando-se às nuances de cada plataforma para construir uma presença digital eficaz”, resume Lazzarotto.

Esta reportagem integra o caderno Top of Mind RS – As Marcas do Rio Grande 2024. Clique aqui para acessar o conteúdo completo, mediante pequeno cadastro.

De tempos em tempos a internet lança novas redes sociais, mas, antes de criar um novo perfil para a marca corporativa, é preciso saber se realmente vale a pena

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