A ideia é que o representante coordene uma estrutura administrativa das ações federais na região
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve confirmar nesta quarta-feira (15) o nome de Paulo Pimenta como a autoridade do governo federal para atuar de forma permanente no Rio Grande do Sul enquanto durar a calamidade pública no estado, assolado por enchentes desde o dia 29 de abril. A ideia é que a autoridade coordene uma estrutura administrativa das ações federais na região. Pimenta é gaúcho e deputado federal do PT eleito pelo estado. Pela dimensão e complexidade da situação do Rio Grande do Sul, é necessário, na visão do Palácio do Planalto, criar um ministério extraordinário de apoio à reconstrução do estado. Laércio Portela deve assumir interinamente o comando da pasta da comunicação. Os detalhes serão anunciados durante visita do presidente ao estado, prevista para esta quarta, quando serão anunciadas novas medidas de socorro à população gaúcha. A expectativa é que seja anunciada a criação de um auxílio financeiro temporário para as pessoas afetadas pela catástrofe climática. O valor não foi informado.
A defesa civil do Rio Grande do Sul confirmou, até esta terça-feira (14), um total de 148 mortes em decorrência das chuvas e enchentes. O estado tem, ainda, 124 pessoas desaparecidas, segundo boletim divulgado ao meio-dia. O total de desalojados pelas enchentes chega a 538.545 pessoas. E os efeitos dos temporais já são sentidos por dois em cada dez moradores do Rio Grande do Sul. O mais recente boletim aponta que 2.124.203 de pessoas são afetadas pelas chuvas, do total de 10,8 milhões de habitantes do estado, conforme apurado no Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que corresponde a 19,4% da população.
A ideia é que o representante coordene uma estrutura administrativa das ações federais na região