Noite que premiou as 500 MAIORES DO SUL apresentou um debate com cinco lideranças da região
As maiores e mais eficientes empresas listadas no ranking 500 MAIORES DO SUL, desenvolvido pelo Grupo AMANHÃ e PwC Brasil, foram premiadas em um evento on-line transmitido no canal do AMANHÃ TV no YouTube na noite desta quinta-feira (18). Além de apresentar o mapa da excelência empresarial na região, o projeto 500 MAIORES DO SUL deu voz a quem têm a responsabilidade de conduzir grandes empresas do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Um grupo de dirigentes foi provocado a falar sobre o papel do líder em um cenário repleto de incertezas, transformações e oportunidades (leia mais detalhes a seguir).
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“Essa é uma parceria histórica entre AMANHÃ e PwC que criou de forma inédita o Valor Ponderado de Grandeza, que é a soma do patrimônio, vendas e o resultado das empresas. Também revelamos as 500 emergentes, formando 1 mil companhias na lista, que dá um cenário histórico de muitas delas que estão há mais de 30 anos no ranking”, assinalou Jorge Polydoro, Publisher do Grupo AMANHÃ.
“As empresas foram resilientes em 2020, ano mais impactado pela pandemia, com um crescimento de 20,3% no VPG, principal indicador do ranking. As companhias da região se mostraram disruptivas nesse período e a capacidade do empresariado da região em alcançar resultados positivos”, pontuou Rafael Biedermann, sócio da PwC Brasil, que apresentou alguns dos principais dados da pesquisa. A Bunge, pela terceira edição consecutiva, lidera o ranking. A vice-líder BRF segue no retrovisor, mas a diferença, que era de menos de R$ 1 bilhão no VPG, aumentou para R$ 4 bilhões. Rumo e Itaipu Binacional entraram no Top 10, deixando o Banrisul na 12ª posição e a Klabin em 14º lugar (clique aqui para ver os resultados na íntegra).
“O dia é de festa e junto com vocês temos muito a comemorar, pois em 2021 fizemos 60 anos. Juntamente com a comunidade conseguimos oferecer novos produtos e serviços fazendo uma boa política social que é dar dignidade a todos que moram nos três estados do Sul”, saudou Wilson Bley, presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). “Gostaria de saudar os empreendedores nesta noite, ainda mais nesse período que estamos passando com a retomada das atividades e superação dos desafios. Temos de fazer com que renda e o emprego retornem. Isso é um esforço de todos nós”, conclamou Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.
Carlos Moisés, governador de Santa Catarina, enalteceu o avanço das companhias do estado. “Estamos juntos com vocês, empresários, para fortalecer a economia catarinense que é um estado pujante que tem crescido muito e gerado muitos empregos”, sublinhou. Ratinho Junior, governador do Paraná, também teve razões para celebrar. “É inegável o papel fundamental das empresas para alavancar a economia. Estamos promovendo a retomada econômica. Por isso o ranking 500 MAIORES DO SUL é tão importante, pois reconhece o papel fundamental das grandes empresas que ajudam a mover a economia do nosso país, em especial os estados do Sul”, exaltou.
A voz da liderança
O painel “A voz da liderança”, mediado por Eugênio Esber, diretor de Redação de AMANHÃ, reuniu Antônio Sérgio Gabriel, diretor administrativo financeiro da Coamo; Daniel Slaviero, presidente da Copel; Fernanda Sacchi, diretora de gente, ESG e comunicação da Rumo; Erasmo Carlos Battistella, presidente da BSBIOS; e Daniel Randon, presidente das Empresas Randon. Eles foram instigados a responder quais atributos novos passam a fazer parte do perfil e do papel de um líder nesse “novo normal” no exercício da liderança. “O primeiro atributo é que não somos heróis e o principal pilar é cuidar das pessoas. Nosso novo normal é que não é necessário estar no mesmo local para produzir. Nos demos conta que a gente precisa ter empatia e ter um cuidado com as pessoas. Primeiro exercício nosso é que, na volta ao trabalho presencial, não teremos escritórios repletos novamente. O pilar da empatia foi, em resumo, o mais importante desse período”, declarou Fernanda, da Rumo.
Randon lembrou que houve uma aceleração da transformação digital muito forte. “Por isso, os líderes devem estar cada vez mais atentos. A volatilidade não muda o desafio de liderar. A pandemia também mostrou que as empresas têm de ter um proposito além da rentabilidade, daí o ESG. É preciso se adaptar às mudanças, mas trabalhando com muita delegação [de tarefas]”, disse. Slaviero, da Copel, afirmou que o exercício da liderança continua o mesmo, mas o que mudou foram as circunstâncias onde ela ocorre. “O ambiente hoje é mais desafiador. Empresas mais longevas se interessam por seus colaboradores, acionistas e comunidade em geral. Isso ficou referendado nesse processo. Eu sou um entusiasta da volta aos escritórios, mas nada supera a cultura obtida pessoalmente dentro de uma empresa”, assegurou.
“Acredito que o ano que passou trouxe uma variável que nenhum líder se preparou que foi a pandemia. A máxima de quem sobrevive é quem mais se adapta rapidamente e não os mais fortes. Aqui [na BSBIOS] investimos nas pessoas, onde a maioria não conseguiu ficar em casa, pois não podemos parar nossas fábricas. Mas trabalhamos para que todos tivessem saúde. Felizmente não tivemos nenhuma perda”, contou Battistella. Para ele, que teve oportunidade de estar presente na COP 26, em Glasgow, as práticas sustentáveis serão cada vez mais adotadas pelas companhias. Antônio Sérgio Gabriel, diretor administrativo financeiro da Coamo, também relatou que a cooperativa sediada em Campo Mourão (PR) não pode parar durante a pandemia. “Esse novo normal foi extremamente propalado no começo da pandemia, mas sou da opinião que não mudou o exercício da liderança. Os atributos seguem sendo liderar pelo conhecimento e atitudes”, frisou.
Por fim, os painelistas relatam qual seria o grande desafio para o cenário dos negócios em 2022. Randon afirmou que o ano será desafiador, porém o país pode ter uma oportunidade em razão da China. “O mundo tem de buscar produtos além da China. E aí pode ter uma oportunidade no campo da manufatura. Outro ponto importante, para as empresas, será cuidar do caixa”, afiançou. O presidente da BSBIOS concordou com a colocação. “Ter cuidado com a rentabilidade do negócio e a saúde financeira é fundamental. Mas tentar adaptar o negócio às condições do futuro também é importante”, enfatizou Battistella. Slaviero prevê que será um ano turbulento. “Mas o Brasil é mais ou menos assim, vivemos de anos complicados, teremos instabilidade e isso requer cuidado. As empresas que cuidarem em ter equilíbrio [em suas contas], continuarão se destacando”, assegurou. No campo de visão do diretor administrativo financeiro da Coamo há duas inquietações. “Algo que nos preocupa é a qualidade da mão de obra e como levar a tecnologia para o campo. Precisamos ter profissionais devidamente treinados. Até mesmo criamos uma universidade empresarial para dar esse treinamento”, revelou. Fernanda Sacchi, diretora de gente, ESG e comunicação da Rumo, espera que a companhia paranaense tenha um ano de grandes resultados.
Noite que premiou as 500 MAIORES DO SUL apresentou um debate com cinco lideranças da região