A maior cooperativa da América Latina sofreu com quebra de safra, mas mesmo assim terá faturamento e resultado maiores em 2021
A quebra da safra fez com que a Coamo recolhesse menos grãos neste ano, como o milho, por exemplo, cuja colheita foi 45% menor. Porém, a expectativa da cooperativa de Campo Mourão é que o faturamento seja até 25% maior que em 2020 e as sobras [lucros] divididas com os cooperados sejam ainda melhores. A mágica? Para o CEO Airton Galinari, não se trata de truque.
“São detalhes que fazem a diferença. Nós nos concentramos em oferecer produtos de maior valor agregado em nossas indústrias, além da compra antecipada de matérias-primas graças a um bom planejamento comercial. Esses fatores nos permitiram ter margem liquida maior”, conta o presidente-executivo, que, em fevereiro de 2022, completará dois anos à frente da Coamo.
Se 2021 é um ano a ser comemorado, o mesmo talvez não se poderá dizer de 2022. Galinari está aflito com dois fatores que influenciam diretamente o agronegócio: o preço e a oferta de fertilizantes. Grandes multinacionais do setor já avisaram que não sabem se darão conta de fornecer insumo suficiente para a próxima safra.
Já o valor cobrado – que depende muito da oscilação do dólar – é outro ponto de preocupação. A expectativa positiva fica por conta do final da pandemia e da torcida para que as chuvas voltem com regularidade e intensidade. O plano de investimentos para 2022 poderá ter entre as novidades a construção de uma usina de etanol de milho em Campo Mourão, o que exigirá desembolso entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões até 2024.
A cooperativa ainda estuda produzir biodiesel. Outro plano de longo prazo é ter um terminal privado para recebimento de adubos, líquidos e gás em Itajaí (SC). O empreendimento, que deve contar com o auxílio de parceiros, ainda depende da liberação de licença ambiental.
Este conteúdo integra o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.
A maior cooperativa da América Latina sofreu com quebra de safra, mas mesmo assim terá faturamento e resultado maiores em 2021