A gestora K1 tem licenciados industriais e de distribuição no Brasil, na China e no Paraguai
Em uma típica epopeia característica dos imigrantes, e, particularmente dos imigrantes judeus, os irmãos José e Leão Knopfholz deram início a um pequeno negócio de manufatura de artefatos para viagem. A aventura iniciou em 1933, em Curitiba, quando nascia uma das mais importantes e reconhecidas marcas nacionais. No fim da década de 1940, foi registrada a marca IKA no recém-criado Departamento Nacional de Propriedade Industrial, o embrião do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
A IKA se tornou um ícone, sinônimo de qualidade para várias gerações de brasileiros viajantes, oferecendo marcas e outros artigos de viagem. A trajetória ascendente durou até a década de 1990, quando a empresa original se viu obrigada a encerrar as atividades. A marca, um dos ativos remanescentes da indústria, passou por diferentes grupos empresariais, até que em 2004 foi adquirida pela empresa K1 Marketing & Investment, que reestruturou seu potencial por meio do licenciamento e concessão de uso. Desde então, a K1 desenvolveu diversas linhas e reposicionou a marca IKA no setor.
Modelo atual
Atualmente, a K1 conta com licenciados industriais e de distribuição na China, no Brasil e no Paraguai. Da China, partem produtos para o Brasil e Espanha, contemplando clientes até mesmo como El Corte Inglés, mega corporação varejista que movimenta 16 bilhões de euros ao ano e emprega 93 mil funcionários. Em território nacional, a marca conta com um parceiro licenciado para distribuição. Uma planta no Paraguai produz para os países latino-americanos. A ideia é de lá produzir para toda a América e reinventar processos produtivos fora do continente asiático.
Startup de 90 anos
“Somos uma startup de 90 anos”, diz Laura Virmond, diretora da K1. “Temos muito bem definidas nossas estratégias e metas, porém, acima de tudo o que nos move são nossos valores: ética, reciprocidade, resiliência, qualidade e inovação. Princípios presentes nos imigrantes que originaram todo este movimento”, complementa. Para Laura, este é momento no qual a estratégia empresarial encontra a inovação produtiva. “Embora a tradição da marca seja um de nossos pilares, a estratégia agora mira o futuro.”
Alinhada à história da marca, a K1 mantém o Instituto IKA de Apoio ao Migrante. A organização de apoio humanitário, em especial aos refugiados e a àqueles que estão em situação de deslocamento involuntário, já atendeu venezuelanos, sírios, cubanos, afegãos, ucranianos, entre outros, e tem um especial apreço aos que denomina refugiados em sua própria terra, os indígenas. Um programa de rádio, trabalho de arrecadação e coleta de alimentos e roupas, e um banco de empregos são algumas das atividades que o instituto realiza, sob o lema “Pequenas Atitudes. Grandes Resultados”.
A gestora K1 tem licenciados industriais e de distribuição no Brasil, na China e no Paraguai