MAIORES DO SUL sustentam receita na casa do trilhão

Em um ano marcado por desempenhos módicos nos principais indicadores do maior ranking regional de empresas do Brasil, o primeiro pelotão conseguiu bons resultados

Quem mais faturou foi a Bunge, empresa catarinense que lidera o ranking pelo sexto ano consecutivo

Depois de terem atingido a marca do primeiro trilhão em vendas na edição anterior, o pelotão das 500 MAIORES ao menos conseguiu se manter nesse nível, pois obteve uma pequena queda de 2,1% no somatório das receitas líquidas que totalizou R$ 1,1 trilhão. As 186 bilionárias, seis a menos que no ranking passado, puxaram a maior parte do faturamento que foi de R$ 996 bilhões, uma retração de 2% quando comparado com o mesmo indicador de 2022. Nada menos que 73 gigantes tiveram desempenho menor nas vendas. Quem mais faturou foi a Bunge (R$ 81,7 bilhões), uma pequena alta de 3,7% sobre a receita líquida de 2022. A companhia catarinense é a maior empresa do Sul pelo sexto ano consecutivo. Porém, a Bunge vê o Sicredi no seu retrovisor desde o ranking anterior. No entanto, nunca a cooperativa de crédito esteve tão perto como agora. A diferença do Valor Ponderado de Grandeza (VPG) caiu de R$ 7,6 bilhões em 2022 para R$ 1,7 bilhão em 2023. O Sicredi foi robustecido pelo avanço de 38,2% na receita líquida, 22,3% no patrimônio líquido e 16,5% no lucro líquido – simplesmente as três dimensões que, somadas, formam o principal indicador de 500 MAIORES DO SUL.

A soma dos lucros líquidos sofreu um baque de 8,5%, caindo para R$ 82,7 bilhões. Esse resultado negativo interrompe uma série de seis edições consecutivas onde o indicador melhorava seu desempenho alcançando recordes ano após ano. Quem mais lucrou entre todas as 500 foi o Sicredi (R$ 6,8 bilhões), sendo seguido pelas catarinenses Weg (R$ 6,2 bilhões) e Engie (R$ 3,4 bilhões) e a paranaense Klabin (R$ 2,8 bilhões). O montante dos prejuízos também aumentou nesta edição. O rombo totalizou R$ 5,5 bilhões, valor 5,8% maior do que no exercício anterior. A maré vermelha atingiu 68 companhias – onze a mais que no ranking anterior, com base em balanços de 2022. Por consequência, a rentabilidade sobre receita também sofreu uma nova queda, desta vez de 1,6 ponto percentual, para 8,6%. Ao menos o ganho foi um pouco melhor no cálculo dos patrimônios totais que ultrapassaram meio trilhão (R$ 504,4 bilhões), um avanço de 3,9%.

Sete setores concentram metade das empresas em 500 MAIORES DO SUL. Quem lidera com 57 representantes é Comércio – Atacado e Varejo. A seguir, o Financeiro (com 45), seguido por Alimentos e Bebidas (37), Saúde (32), Energia (28), Transporte e Logística (27), Construção e Imobiliário (25), totalizando 251 companhias. Esses segmentos venderam, juntos, nada menos que R$ 569,3 bilhões, valor 2% superior ao exercício de 2022, cujos balanços foram publicados no ano seguinte. E o faturamento desse grupo de empresas representa mais da metade das vendas do primeiro pelotão (51%).

Balanço dos estados
O Rio Grande do Sul obteve vitórias sobre o Paraná e Santa Catarina em indicadores importantes do ranking 500 MAIORES DO SUL. O conjunto das empresas gaúchas desponta com a maior soma de patrimônios e lucros. As companhias sediadas em solo gaúcho também detêm o maior Valor Ponderado de Grandeza, principal critério de classificação do ranking desde sua criação, em 1991. No entanto, a diferença é pequena em relação ao Paraná (R$ 3,5 bilhões). Entre os principais indicadores de 500 MAIORES DO SUL, o Paraná bate Santa Catarina e Rio Grande do Sul na soma das receitas líquidas. As representantes paranaenses têm um faturamento total de R$ 387,6 bilhões, um pouco acima das gaúchas (R$ 377,6 bilhões). Santa Catarina se destaca por apresentar a menor média de endividamento (51,4%), ante 54,6% das representantes do Rio Grande do Sul e 56,4% das companhias do Paraná. A rentabilidade das catarinenses também é maior: 11,1% (frente a 9,4% das gaúchas e 5,6% das paranaenses). As representantes de Santa Catarina também apresentaram a menor soma de prejuízos, R$ 4,5 bilhão, frente a R$ 1,7 bilhão das paranaenses e R$ 2,1 bilhões das gaúchas.

O trunfo do Paraná se dá no ranking setorial, emplacando um número de empresas líderes superior ao do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina quando computadas as campeãs por rentabilidade e por volume de vendas em cada setor: no total, são 10 líderes por receita e 10 pela margem, totalizando 20 primeiras colocações. A Coamo é a única representante entre todas as da lista do Grupo AMANHÃ e PwC Brasil a levar os dois troféus, pois além de obter a maior receita líquida, também apresentou a maior margem entre as cooperativas de produção – mesmo feito do ano anterior. Entre as 500 MAIORES, o Rio Grande do Sul supera o Paraná em número de empresas: 185 contra 172. Santa Catarina tem 143. Porém, nesta edição o Rio Grande do Sul perdeu dez representantes, enquanto o Paraná ganhou mais oito e Santa Catarina mais duas. Curitiba, com 74 companhias, e Porto Alegre, com 72, são as cidades com maior número de representantes no ranking. Em Santa Catarina, a capital Florianópolis tem 23, seguida por Joinville, com 17.

Sobre o critério de classificação das empresas – Para revelar quem é quem entre as empresas do Sul, a Revista AMANHÃ e a PwC Brasil construíram um indicador exclusivo: o Valor Ponderado de Grandeza (VPG). O índice reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas, a partir de um cálculo que considera os três grandes números de um balanço: patrimônio líquido (que tem peso de 50% no cálculo do VPG), receita líquida (40%) e lucro líquido ou prejuízo (10%).

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Em um ano marcado por desempenhos módicos nos principais indicadores do maior ranking regional de empresas do Brasil, o primeiro pelotão conseguiu bons resultados

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